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Vendas do varejo na região caem pelo 22º mês seguido, mas mostram reação

Setor de autopeças voltou a apresentar resultado positivo em setembro. Foto: Arquivo

O faturamento do varejo ampliado do ABC – que inclui veículos e materiais de construção – caiu 5,6% em termos reais (descontada a inflação) em setembro ante o mesmo mês de 2015. Trata-se do 22º mês consecutivo de retração nes­se tipo de comparação.

É o que mostra o ACVarejo, levantamento mensal da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) elaborado com base em informações da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz).
No acumulado do ano até setembro, a retração nas vendas da região é de 5,3%. Embora elevada, o recuo nesse tipo de comparação foi menos intenso do que o observado em agosto, quando as perdas somaram 5,8%.

Segundo a ACSP, essa desaceleração pode ser explicada pela base de comparação mais fraca de 2015, já que, no ano passado, o impacto da crise econômica sobre o varejo da região foi maior.
Em 2015, o ACVarejo apontou queda de 7,5% nas vendas do comércio dos sete mu­nicípios, resultado que deu sequência ao recuo de 6% apurado no ano anterior.

“Ainda não dá para dizer se essa queda menos aguda sinaliza trajetória de gradual retomada ou se é apenas algo pontual. O que se sabe é que os elementos macroeconômicos, como desemprego, disponibilidade do crédito e renda das famílias, continuam ruins e empurram as vendas para baixo”, disse Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Es­tado de São Paulo (Facesp).

No Estado de São Paulo, as vendas do varejo recuaram 10,1% em setembro. No ano, a retração é de 6,6%.

Em setembro, todas as regiões analisadas pela ACVarejo apresentaram queda no volume de vendas em relação ao mesmo mês do ano passado. O ABC apresentou a menor queda (-5,6%), enquanto a Região Metropolitana Oeste foi a que registrou o pior desempenho (-19,2%).

Todos os setores do comércio paulista ficaram no vermelho em setembro ante o mesmo período de 2015. Nas lojas de móveis e decoração houve o pior desempenho (-16,3%). A menor queda foi registrada no segmento de autopeças e acessórios, que caiu 3,8% após ter registrado alta no mês anterior.

No acumulado do ano, contudo, enquanto as lojas de móveis e decoração continuam no vermelho (-15,5%), as de autopeças cresceram 2,8%. O resultado sugere que a crise econômica levou o consumidor a investir mais na manutenção de seu veí­culo, ao invés de trocá-lo.

Emprego

Em sintonia com as vendas ruins, o varejo paulista fechou 2 mil postos de trabalho em setembro, segundo pesquisa da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

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