As vendas de veículos novos reafirmaram em novembro o bom momento do setor automotivo brasileiro e registraram o melhor resultado para o mês em quatro anos.
Os emplacamentos de carros, comerciais leves, ônibus e caminhões somaram 230,9 mil unidades, volume 13,1% superior ao apurado em novembro do ano passado (204,2 mil) e o melhor desempenho desde os 294,6 mil veículos comercializados no penúltimo mês de 2014.
Os dados foram divulgados, ontem (3), pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), que representa as concessionárias.
Na comparação com outubro (254,7 mil), porém, o total de licenciamentos de veículos registrou recuo de 9,3%.
A retração já era esperada pelo setor automotivo, devido ao menor número de dias úteis em novembro (19) do que em outubro (22).
Porém, quando se compara a média diária de vendas, a variação passa a ser positiva, de aproximadamente 5% – 12.154 em novembro, contra 11.578 no mês anterior.
De janeiro a novembro, a Fenabrave contabiliza vendas de 2,331 milhões de veículos, aumento de 15,1% ante o apurado no mesmo período do ano passado (2,026 milhões).
O resultado está muito próximo do projetado pela Fenabrave para o encerramento do ano, de 2,52 milhões de unidades emplacadas. Acredita-se que essa previsão – revisada para cima em outubro pela entidade – será facilmente superada, uma vez que dezembro é, historicamente, um mês de vendas fortes.
No ano passado, o licenciamento de veículos cresceu 9,2% e interrompeu quatro anos consecutivos de retração.
No corte por segmentos, o de pesados é o que registra os melhores resultados em 2018, puxados pela base de comparação fraca e pelo bom momento do agronegócio.
As vendas de caminhões somaram 7,8 mil unidades em novembro, alta de 41,2% ante o mesmo mês de 2017. No acumulado do ano, o total de emplacamentos cresceu quase 50%, para 68,8 mil veículos.
O segmento de automóveis e comerciais leves, por sua vez, registrou 221,3 mil emplacamentos em novembro, aumento de 12,2% ante o mesmo mês do ano passado. No acumulado do ano, o crescimento é de 14,2%, para 2,246 milhões de unidades.
No caso do segmento de veículos leves, especialistas atribuem o resultado à demanda reprimida no mercado, decorrente do envelhecimento da frota circulante durante a fase mais aguda da crise.
A General Motors lidera o mercado brasileiro no ano, com 17,5% de participação entre os carros e comerciais leves.