A seleção brasileira inicia o ciclo para a Copa do Mundo do Qatar, em 2022, hoje (7), quando encara os Estados Unidos, às 21h05, em amistoso a ser realizado em Nova Jersey.
O time terá seis novidades em relação à escalação padrão usada pelo time brasileiro no Mundial da Rússia.
O meio-campista Fred, 25 anos, será uma das caras novas. Apesar de estar entre os 23 convocados por Tite para a Copa do Mundo, o atleta do Manchester United sequer entrou em campo.
Com uma lesão no tornozelo direito sofrida durante a fase de preparação, após entrada do volante Casemiro, o meio-campista não conseguiu se recuperar totalmente.
Tanto é que foi visto fazendo recuperação com os fisioterapeutas da seleção antes dos treinos com bola até na véspera do jogo contra a Bélgica, pelas quartas de final.
No amistoso de hoje contra os EUA, Fred desempenhará função similar à que exerce na Inglaterra e que foi de Paulinho – não convocado – no Mundial da Rússia.
Fred ajudará na saída de bola e terá liberdade para aparecer como elemento surpresa na área adversária, jogando de uma grande área à outra.
“É um novo momento que se inicia, com alguns novos jogadores de qualidade inquestionável, e vamos representar o Brasil da melhor maneira nesses amistosos. Eu me sinto muito bem, também vivo nova fase com a camisa do Manchester, e chego ainda mais feliz e disposto para esse novo ciclo”, disse Fred à reportagem.
Fred espera agora ter maior sequência, o que já poderia ter ocorrido não fossem a contusão às vésperas do Mundial e a suspensão de um ano por doping recebida em junho de 2015, quando defendia a seleção na Copa América.
Na oportunidade, a substância encontrada na sua urina foi o diurético hidroclorotiazida. Fred alegou inocência.
“Fui pego de surpresa e foi um momento muito difícil, lamentável. Você fica sem chão. Ajudou o fato de eu estar com a consciência tranquila por não ter feito nada de errado. Toquei a minha vida, trabalhando para não deixar o ritmo cair naquele período em que sequer podia treinar com meus companheiros. Foi bem difícil”, disse.
Além de Fred, as outras novidades do técnico Tite no time titular para o duelo contra os americanos são o lateral direito Fabinho, o zagueiro Marquinhos, o lateral esquerdo Filipe Luís e os atacantes Douglas Costa e Firmino.
Mesmo com as seis mudanças, o treinador mantém o estilo de jogo que pode variar do 4-2-3-1 para o 4-1-4-1, assim como ocorreu no Mundial. As características dos substitutos são praticamente as mesmas.
Fabinho será o único dos 11 titulares no duelo contra os Estados Unidos que não esteve na Rússia. Revelado pelo Fluminense, atuou as últimas cinco temporadas pelo Monaco e foi contratado recentemente pelo Liverpool. Tem jogado como volante, mas apareceu como lateral.
Ainda no sistema defensivo, o zagueiro Marquinhos e o lateral esquerdo Filipe Luís ficaram com as vagas de Miranda e Marcelo, que não foram chamados para os amistosos.
Marquinhos foi titular durante a campanha das Eliminatórias, mas perdeu a posição na Copa para Thiago Silva.
As demais mudanças ocorrem no setor ofensivo. Reservas no Mundial, Douglas Costa e Firmino começam o novo ciclo como titulares. O primeiro ganhou a posição de Willian, que ficará no banco, enquanto o segundo herdou a vaga de Gabriel Jesus, não convocado.
Com Firmino, Tite terá um atacante com mais capacidade de drible e de dar assistências, mas perderá em presença de área. Com Douglas Costa, a seleção ganha mais jogadas pelos lados.
FICHA TÉCNICA
ESTADOS UNIDOS
Steffen; Yedlin, Miazga, Brooks e Robinson; Adams, Trapp, McKennie e Weah; Wood e Novakovich.
Técnico: Dave Sarachan.
BRASIL
Alisson; Fabinho, Marquinhos, Thiago Silva e Filipe Luís; Casemiro, Fred e Philippe Coutinho; Douglas Costa, Neymar e Firmino. Técnico: Tite.
Estádio: MetLife, em Nova Jersey (EUA). TV: Globo, Sportv
Hoje (7), às 21h05
Árbitro: Fernando Guerrero (México).
Técnico acaba com rodízio e escolhe Neymar como
capitão da equipe
O técnico Tite acabou com o rodízio de capitães e escolheu o atacante Neymar para portar a faixa nos jogos da seleção. O anúncio foi feito ontem (6), um dia antes do amistoso contra os Estados Unidos, em Nova Jersey.
O gesto é um aceno à estrela do time, muito criticado após a eliminação na Coa do Mundo da Rússia. É uma forma também de demonstrar a confiança que o treinador tem no jogador.
“Para mim, é um grande prazer e grande honra ser nomeado capitão. Vou fazer tudo para exercer essa função como deve ser”, afirmou Neymar, que estreou pela seleção no MetLife, em 2010, em jogo contra os EUA.
O atacante comentou a pressão sofrida nos últimos anos e disse estar preparado para as críticas. “Dificilmente alguém vai passar pelo que passei. Fui alvo de críticas e coisas ruins, e não me senti bem naquele momento para falar. Quando não estou bem para falar, prefiro ficar calado.”