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SP registra recorde de óbitos; país apresenta 2º maior número

SP registra recorde de óbitos; país apresenta 2º maior número
“Isso não é recorde só porque o número foi maior. Temos de estar dentro da média da semana”. Foto: Arquivo/Governo do Estado de SP

Com 434 óbitos registrados nas últimas 24 horas, o Estado de São Paulo registrou recorde de mortes provocadas pelo novo coronavírus. A marca anterior havia sido no dia 17, com 389 mortes. Nas últimas 24 horas também foram relatados 7.502 novos casos confirmados da doença. As informações foram divulgadas em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes nesta terça-feira (23).

Com 40.131 novos casos de coronavírus em 24 horas, o Brasil ainda registrou ontem o segundo maior número de diagnósticos desde o início da pandemia. O recorde anterior foi de 55.209 diagnósticos no dia 19 de junho. Em 24 horas, foram 1.364 vidas perdidas, segundo dados do levantamento realizado por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL junto às secretarias estaduais de Saúde. Com isso, o total de óbitos é de 52.771 e o de contaminações, de 1.151.479.

O balanço de óbitos e casos é resultado da parceria entre os seis meios de comunicação, uma iniciativa inédita em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia.

Mesmo com o recuo do Ministério da Saúde, que voltou a divulgar o consolidado de casos e mortes, o consórcio dos veículos de imprensa continua. O governo informou, por volta das 19h20 desta terça-feira, que o Brasil contabilizou 1.374 óbitos e mais 39 436 pessoas infectadas pelo novo coronavírus. Com isso, segundo o Ministério da Saúde, no total são 1.145.906 casos confirmados e 52.645 mortes causadas pelo coronavírus.

Interiorização

Estado com maior número de casos do novo coronavírus no país, São Paulo totaliza 229.475 registros confirmados e 13.068 óbitos, crescimento de 3,2% em casos e 3,3% em óbitos de segunda para terça-feira. As autoridades justificam os números por aumento de contágio em cidades do interior paulista.

O coordenador executivo do Centro de Contigência Covid-19, João Gabbardo, afirma que o aumento de óbitos e casos não tem pressionado a quantidade de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). “O que mais chama a atenção é o número de óbitos registrados em 24 horas. Obviamente que isso entristece a todos, o que isso representa. Agora, esse número ocorre e está dentro da previsão de cenário que a gente tem até o dia 30 de junho. Isso ocorre porque o interior do Estado está em uma curva ascendente, de crescimento de casos, mesmo com a redução da capital e da região metropolitana. Mas isso não tem pressionado os leitos de UTI. Nós continuamos com 33% a 34% dos leitos disponíveis para a população, o que, nesse momento, é o que mais importa”, disse Gabbardo.

“Isso não é recorde só porque o número foi maior. Temos de estar dentro da média da semana”, disse o secretário estadual da Saúde, José Henrique Germann. Recentemente, o governo de São Paulo apresentou dados mostrando a primeira queda semanal no número de mortes, de 1.526 para 1523. No entanto, na semana seguinte, o número semanal bateu recorde e atingiu 1.913. A elevação deve permanecer, com mais um recorde de mortes nas últimas 24 horas. “Nós teremos velocidade de crescimento no interior maior que na capital.”

Ministério quer teste de 1/4 da população

O Ministério da Saúde pretende testar 24% da população para o novo coronavírus, o equivalente a 50 milhões de pessoas, antecipou o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, ontem. Metade será testada com o tipo RT-PCR, e a outra metade, por meio dos testes rápidos. Além disso, o ministro interino da pasta, general Eduardo Pazuello, disse que o diagnóstico médico é “soberano” e deve passar a compor a base de dados sobre a covid-19, mesmo sem ter a confirmação dos resultados laboratoriais.

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