Saúde e Beleza

Setembro Amarelo: reumatologista alerta para quadros depressivos

Durante a pandemia, com o isolamento social, casos de depressão tornaram-se constantes entre pacientes crônicos. Para um paciente reumatológico, os problemas provenientes da pri­vação foram exacerbados por um panorama clínico de pessoas que convivem dia­riamente com a dor.

As taxas de suicídio são mais elevadas entre pa­cientes com doenças crônicas em comparação com a população geral sem essas doenças. Quando levamos em consideração pacientes com dor crônica essa taxa chega a ser o dobro.

“Neste Setembro Amarelo, destacamos a importância de abordar a depressão e o suicídio no contexto de pacientes portadores de alguma doença reumatológica”, ressaltou Jaqueline Lopes, especialista da Cobra Reumatologia.

Enquanto a covid-19 ain­da passava por muitas pesquisas para o entendimento da classe médica e cientifica, pacientes foram afetados por notícias desconexas e pelo medo do desconhecido, e cerca de 20% a 30% desses pararam suas medicações por conta própria.

Dificuldade para dormir, cansaço, fadiga constante, rigidez muscular, sono não reparador e emoções negativas foram ainda maiores durante o isolamento, intensificando as queixas de dores.

“Indivíduos com dor, apresentaram maior chance de depressão e uma das consequências mais sérias da depressão é o suicídio e a ideação suicida. Um estudo avaliando pacientes com artrite reumatoide identificou que 11% haviam experimentado ideação suicida”, ressaltou Jaqueline.

As mudanças de hábitos também foram decisivas para que o quadro se agravasse, pois, além do sedentarismo, o uso de bebidas alcoólicas e de tabaco para compensar frustrações, não só pioraram as dores e desconfortos físicos, como também agravaram as questões psicológicas, reforçando gatilhos que podem levar ao suicídio.

O diagnóstico de depressão e o tratamento ain­da é muito negligenciado. A especialista da Cobra Reumatologia enfatiza que para o quadro não evoluir para fatores críticos, é necessário também o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar, como um psicólogo e psiquiatra, bem como o apoio incondicional da família.

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