Sete torcedores do Corinthians foram presos na manhã de ontem (8) sob a acusação de terem feito ameaças de morte na internet à juíza Marcela Assad Caram, que determinou a prisão de 31 corintianos após confronto com policiais militares no Maracanã, em outubro.
A operação, feita em parceria com a polícia do Rio, foi realizada na Capital, na Grande São Paulo e no litoral paulista. Os mandados foram expedidos pela 6ª Vara Criminal do Rio.
A delegada Kelly Andrade, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), informou que a Justiça expediu dois mandados na Bahia, um de prisão temporária e outro de busca e apreensão.
Dos sete presos ontem, quatro já tinham passagens pela polícia por crimes de intolerância esportiva. Os torcedores devem responder por associação criminosa e coação no curso de processo.
“Temos a informação de que três são da Gaviões da Fiel e um da Pavilhão 9”, disse Ricardo Cabral, advogado da torcida organizada Gaviões da Fiel.
A delegada titular da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática do Rio de Janeiro (DRCI), Daniela Terra, afirmou que os torcedores seriam encaminhados para a Cidade da Polícia, no Rio, nesta terça. “Novos elementos de prova foram identificados e em breve novas operações como essa serão realizadas”, afirmou.
Como começou
No dia 23 de outubro, a polícia do Rio deteve um grupo de torcedores do Corinthians após confronto no jogo de reabertura do Maracanã. Ao final da partida, a polícia isolou todos os torcedores corintianos presentes no estádio e deteve 39 suspeitos de participar da briga.
Na sequência, oito corintianos foram liberados e 31, detidos. Horas depois, um torcedor menor de idade também foi liberado.