
O Sindicato das Empresas de Hospedagem e Alimentação do ABC (Sehal) protocolou ontem (4) ação judicial contra o governo do Estado para permitir a abertura de bufês na região. O setor tem as atividades suspensas desde março devido à pandemia de covid-19, mas foi excluído do Plano São Paulo de retomada da atividade econômica.
A medida liminar foi necessária para dar continuidade à luta apoiada pelo sindicato patronal que visa permitir a abertura de empresas do setor. A entidade tem participado de reuniões com empresários, donos de bufês, e autoridades.
“As promessas não foram cumpridas, e não é mais possível esperar de braços cruzados que alguma autoridade compreenda que a situação dos bufês é crítica. Muitos não conseguirão esperar um dia a mais pela abertura. A quebradeira será generalizada se não fizermos alguma coisa. Lutaremos com todas as armas que temos, mas não vamos aceitar passivamente a injustiça que tem sido feita com o segmento”, explicou Wilson Bianchi, presidente em exercício do Sehal.
Segundo a advogada do Sehal, Denize Tonelotto, a esperança é a de que o pleito seja acatado e seja possível, com a ação, ajudar as empresas de eventos do ABC. “Havia a expectativa de que o governo recuaria. Porém, diante de tantas promessas não cumpridas, resolvemos ingressar hoje (ontem) com o mandado de segurança pedindo ao Judiciário que socorra as empresas de festas e eventos por meio de uma liminar”, explicou.
O Sehal já havia organizado encontros com proprietários de bufês e criou protocolo de abertura que contempla os procedimentos sanitários, de segurança e higiene como distanciamento, redução da capacidade de atendimento, máscara e protetor facial de acrílico para funcionários e disponibilização de álcool gel, entre outros. Recentemente, realizou durante três dias workshop em parceria com o Grupo Betel Segurança de Alimentos e Treinamentos, a fim de preparar os empresários para a reabertura. O evento teve grande adesão e contou com a participação de cerca de 120 pessoas.
“Precisamos proteger as empresas e empregos, especialmente porque temos no ABC cerca de 700 empresas do segmento que geram cerca de 13 mil empregos diretos e indiretos. Portanto, a sobrevivência dessas empresas tornou-se vital para a região, e seguiremos lutando por elas”, acrescentou Bianchi.
CAPITAL
Ontem, o prefeito da Capital, Bruno Covas (PSDB), anunciou que bufês e casas noturnas poderão atuar como bares e restaurantes, sem necessidade de novo alvará de funcionamento.