Empolgado pela arrancada que o levou a segunda colocação, o Santos que sonha com o título do Brasileiro ainda teme repetir os erros que lhe custaram a liderança, hoje ocupada pelo Palmeiras, com 70 pontos.
O principal motivo para o sinal de alerta está nos times ameaçados de rebaixamento, espécie de “pedras no sapato” da equipe ao longo da competição. O confronto da próxima quinta-feira com o Vitória, 16º lugar, pode ser decisivo para o campeonato.
Apesar de ter vencido os baianos no primeiro turno por 3 a 2, o retrospecto contra as quatro equipes que hoje cairiam para a Série B é desfavorável. Foram só sete pontos somados em 21 jogados contra Internacional, Figueirense, Santa Cruz e América-MG.
“Todos os jogos são difíceis, não dá para falar qual é o mais fácil. Ganhamos dos times que estavam em cima e tropeçamos com os de baixo. Temos que tratar cada jogo como uma final de Copa do Mundo. Temos que ganhar para ver o que acontece no final”, afirmou o meio-campista Vitor Bueno.
Os 33,3% de aproveitamento contra essas equipes colocariam o Santos entre os rebaixados e contrastam com a campanha geral da equipe, com 62,7%. Diante de Inter e Figueirense, por exemplo, o Santos só somou um ponto em quatro jogos.
A conta pode aumentar se contabilizados mais ameaçados, caso do Coritiba, para quem o Santos perdeu fora.
Após o jogo da próxima quinta-feira, o Santos encara uma série decisiva contra Cruzeiro e Flamengo, considerados dois jogos de extrema dificuldade. O rival, por sua vez, enfrentará o Atlético-MG fora de casa e terá dois jogos em sequência como mandante, diante de Botafogo e Chapecoense, contra as quais tropeçou no primeiro turno.
A rodada é vista como extremamente favorável para o Santos diminuir a diferença de seis pontos, pelo fato do Palmeiras jogar em Belo Horizonte contra o quarto colocado.