O Santos investiu alto para ter Cuca. Destinará R$ 700 mil mensais ao treinador e mais dois nomes de sua comissão técnica. Porém, as dificuldades financeiras só aumentam.
Cuca não será o único treinador a quem o clube deverá pagar nos próximos meses, já que ainda tem um legado de dívidas com quatro antecessores do novo comandante.
Demitido no último dia 23, Jair Ventura é o primeiro da fila. Técnico e clube ainda se acertam para o pagamento de valores rescisórios e de atrasados da passagem de seis meses. “Conversamos com o advogado (do Jair) e estamos fazendo o extrato da dívida. Ele receberá tudo o que foi pactuado”, disse Rodrigo Gama, gerente do departamento jurídico do clube.
Os antecessores de Jair são os que mais preocupam. Levir Culpi – que teve passagem de 31 jogos em 2017 – acionou o clube pedindo R$ 4 milhões. Na ação, a defesa do treinador incluiu valores referentes à rescisão e contestou a prática de parte do pagamento “por fora”. A pedida foi julgada parcialmente procedente, com quase R$ 1,7 milhão em cálculos favoráveis ao ex-treinador.
Dorival Júnior é outro que move ação. A estimativa inicial da defesa do treinador é de dívida de R$ 3,5 milhões. Dorival alega no processo o não recolhimento do FGTS, além de salários atrasados, férias, 13º proporcional, bonificações e do chamado “bicho”.
Até então, o clube reconheceu apenas R$ 700 mil de dívida com o ex-treinador.
O presidente José Carlos Peres terá ainda outra herança negativa vindo de outros mandatários santistas: acertar as contas com o técnico Enderson Moreira, demitido em fevereiro de 2015. Enderson já recebeu sentença favorável na causa movida contra o clube. O processo está em fase de cálculos, mas o valor deve superar a casa de R$ 2 milhões.