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Restaurantes do ABC veem com alívio possível retomada de atendimento presencial no dia 6

Restaurantes do ABC veem com alívio possível retomada de atendimento presencial no dia 6
Vera Lucia, do restaurante A Candeia: “Preocupada, mas ansiosa para o dia 6 chegar logo”. Foto: Divulgação

O segmento de bares e restaurantes do ABC recebeu com alívio o anúncio, pelo go­verno do Estado, da reabertura dos estabelecimentos do setor a par­tir da próxima segunda-feira (6), possível devido à re­classificação dos sete muni­cí­­pios no Plano São Paulo de flexibilização da quarentena.

Também foram autorizados pelo governo paulista a reabrir salões de beleza e barbearias.

Com o avanço da região pa­ra a Fase 3 (amarela), bares e restaurantes poderão voltar a re­ceber clientes 104 dias após o início do confinamento. Atu­almen­te, o setor funciona somente no sistema de delivery ou retirada, sem a possibilida­de de permanência no local.

A reabertura, porém, depen­de da manutenção do ABC na Fase 3 na próxima atualização do Plano São Paulo, prevista pa­ra ocorrer na sexta-feira.

Até lá, estão autorizados a abrir os setores contemplados na Fase 2 (laranja) – shoppings, comércio de rua, concessioná­rias, imobiliárias e escri­tórios – e as atividades essenciais previstas na Fase 1 (vermelha).

“Acreditamos que a reabertura (dos restaurantes) é neces­sária e urgente, e demorou para acontecer. Reconhecemos que os cuidados com a saúde devem ser tomados e todas as medidas de precaução devem ser adotadas”, afirmo­u o presidente licenciado do Sin­dicato das Empresas de Hos­pedagem e Alimentação do ABC (Sehal), Beto Moreira.

O setor de bares e restaurantes foi fortemente afetado pela pandemia – impacto esse que não deve cessar com a reabertura. Segundo o Sehal, ao menos 30% dos estabelecimentos da região devem encerrar atividades até o final do ano, o que representará 4,6 mil empresas e 28 mil empregos perdidos.

Bares, lanchonetes e restaurantes poderão receber clientes por seis horas diárias, desde que em acomodações arejadas e segundo rígidos protocolos sanitários estabelecidos no Pla­no São Paulo, como o distanciamento entre consumidores.

O Sehal criou e-book com informações sobre os procedimentos sanitários e de segurança que os estabelecimentos deverão adotar, como distanciamento entre as mesas e disponibilização de álcool em gel. O material está disponível no site www.sehal.com.br.

“(O anúncio) traz a esperan­ça de voltar a funcionar e colocar as contas em ordem. Estou preocupada, mas ansiosa para o dia 6 chegar logo”, disse Vera Lucia Rocha, proprietária do restaurante A Candeia, de Dia­dema.

Inaugurado em setembro do ano passado, o estabe­le­cimento não tinha o delivery como foco do negócio. Com a pandemia, a entrega em domicílio virou a única forma de sobrevivência do restaurante, que teve de se reinventar. Ainda assim, o faturamento médio nos três meses de quaren­tena não chegou a 20% do obtido antes da covid-19.

A empresária já adaptou o restaurante para voltar a receber a clientela. “Estamos nos pre­pa­rando para que o cliente tenha a maior segurança possível. Comprei suportes para álcool em gel e, como o restaurante é grande, será possível manter bastante distância entre os clientes”, disse Vera Lucia. A empresária também fará alte­rações no car­dápio, com a oferta de pratos mais econômicos.

MAIS HORAS

A Associação Comercial e Industrial de Santo André (Acisa) também comemorou o aumento no expediente no comércio de rua e nos shoppings – que, com o avanço do ABC para a Fase 3, saltará das atuais quatro para seis horas diárias. “Aumenta um pouco o ânimo do comerciante. Quatro horas é pouco pa­ra tra­zer o funcionário de volta tendo em vista os custos ope­racionais”, disse o presiden­te da entidade, Pedro Cia Junior.

O presidente da Acisa entende que a velocidade de flexibilização da atividade econômica é ade­queda. “É melhor uma abertura paulatina do que ter de retroceder no Plano São Paulo caso a pandemia piore.”

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1 comentário

  1. Eles deveria colocar a ordem de reabrir os comércios na última semana de Agosto, pq agora é só pra piorar a situação e ficar mais tempo ainda com a pandemia avançando. Final de agosto deveria ser uma lei da reabertura total dos comércios ,pois não iria puder ficar a vida fechado q a vida nao pode
    parar.

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