A conquista de 14 cadeiras na Câmara entre os 21 vereadores eleitos em Diadema e o que parecia maioria confortável do prefeito reeleito, Lauro Michels (PV), pode não acontecer. A coligação formada pelos partidos PPS, DEM e PEN, que juntos elegeram cinco parlamentares – Revelino Teixeira de Almeida, o Pretinho do Água Santa, e Salek Aparecido Almeida pelo DEM; Jeoacaz Coelho Machado, o Boquinha, Sergio Ramos Silva, o Companheiro Sérgio, e Audair Leonel pelo PPS – estaria com as relações estremecidas com o governo.
De acordo com informações de bastidor, o apoio à candidatura de Pretinho para a presidência do Legislativo, passando por cima do vereador Marcos Michels (PSB), que cotado a candidato do governo, seria apenas o capítulo final de um desgaste que começou logo que terminou o segundo turno, com os partidos exigindo mais espaço no governo. O PPS comanda a Secretaria de Transportes, com o presidente municipal da legenda, José Carlos Gonçalves.
Segundo a reportagem do Diário Regional apurou, as pastas de Cultura e Saúde estariam sendo cobiçadas, respectivamente, pelo PEN e pelo DEM. Além de apoiar a candidatura de Pretinho, os partidos também começaram diálogo com os partidos da oposição, PT e PRB, com ênfase em conversas com os republicanos. Fontes ligadas ao governo acreditam que seja apenas questão de tempo o desembarque dos partidos da base de Michels.
Negativas
Oficialmente, os representantes das legendas negam com veemência qualquer possibilidade de racha. “Não existe nada disso. Fomos aliados até agora e vamos continuar daqui para a frente”, garantiu o presidente do PPS, José Carlos Gonçalves. “Após o segundo turno o prefeito viajou e a gente ainda nem conversou. A gente não sabe nem se vai continuar como secretário. Temos de conversar e ver o que vai ser melhor para a Câmara”, completou.
O presidente municipal do PEN, Paulo Henrique Ferreira, o Paulinho Correria, corrobora a declaração de Gonçalves. “Passamos toda a campanha juntos, em cima do caminhão, por que teria problemas agora, que conseguimos eleger o prefeito?”, questionou. “Vontade (de ser presidente da Câmara) todo mundo tem, mas vai ser tudo conversado. Seja o Pretinho, seja o Marcos, o importante é que os dois estão junto com o governo”, finalizou.