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Quatro em cada dez brasileiros vão usar o 13º salário para pagar dívidas, diz pesquisa

Pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos a pedido da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) entre os dias 1º e 12 de outubro em todo o país mostra que 42,5% dos brasileiros usarão a primeira parcela do 13º salário para quitar débitos, projeção estável frente à do ano passado (41,2%).

“O brasileiro dará preferência ao pagamento de dívidas. Por isso, é fundamental que os bancos, as financeiras e as lojas facilitem as renegociações”, sugeriu Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).

Projeção feita pelo Diá­rio Regional mostra que o pagamento do 13º sa­lário aos trabalhadores com carteira assinada e a beneficiários da Previdência Social deve injetar R$ 2,71 bilhões na economia do ABC este ano, dos quais R$ 557 milhões já teriam sido pagos e outros R$ 2,155 bilhões entrarão nas contas até 20 de dezembro.

Ainda segundo a pesquisa, 22,5% dos brasileiros não sabem como vão aplicar a primeira parcela do 13º salário. É o dobro do ano passado, quando os indecisos somavam 11,8%. “Esse resultado gera incerteza sobre o desempenho do comércio no Natal. O varejo poderá ser beneficiado se os indecisos resolverem comprar”, disse Burti. Segundo o executivo, para que isso se concretize, o comércio precisa focar em promoções e descontos, a fim de atrair quem está indeciso.

Os brasileiros que têm intenção de guardar o dinheiro somam 20%, contra 29,4% no ano passado. Os que vão gastar com presentes são 5% (8,8% em 2015). “Está sobrando menos dinheiro no orçamento das famílias”, comentou o presidente da ACSP. Burti pondera que esses resultados podem melhorar também em razão da grande parcela de indecisos.

Os que utilizarão o abono natalino para viajar são 2,5%, contra 5,9% no ano passado. Para Burti, essa parcela poderá aumentar se o dólar mantiver a trajetória de queda.

Reformar a casa deve ser opção de 2,5% dos brasileiros (2,9% em 2015). Embora pequena, a parcela é significativa, o que se explica pela desistência de pessoas de comprar imóveis, optando pela reforma.

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