Após a primeira reunião oficial para avaliação da derrota sofrida pelo PT nas eleições municipais de domingo (2), o presidente do partido, Rui Falcão, disse que a legenda é alvo de uma “ofensiva terrível”. também criticou a campanha publicitária do governo Michel Temer com dados negativos sobre a gestão Dilma Rousseff.
“Hoje, nos jornais, (há) uma campanha paga, com o timbre do governo usurpador [que diz] ‘Vamos tirar o país do vermelho’, que dá a entender também ‘Vamos tirar o vermelho do país’. Não basta nossa derrota eleitoral, querem nos eliminar da vida política”, disse Falcão ontem (5), após reunião da executiva nacional do PT.
Com o objetivo de defender a necessidade de reequilibrar as contas públicas, o governo federal lançou hoje campanha publicitária em diversos jornais, em que diz ter encontrado “uma situação muito grave nas contas públicas” e lista 14 pontos negativos herdados da gestão anterior. Rui Falcão afirmou que a “ofensiva terrível” de “forças conservadoras” teve início ainda no mensalão e se arrasta até hoje.
Um dos exemplos citados por ele foi a decisão da Polícia Federal de indiciar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por corrupção nesta quarta. “Em nome do combate à corrupção, que a população se preocupa com razão, se faz uma cruzada seletiva contra um partido e a maior liderança popular do país”, disse o presidente do PT.
Segundo turno
Diante da derrota sofrida pelo partido nas eleições municipais, o comando nacional do PT decidiu conclamar a militância a apoiar no segundo turno os candidatos de partidos de esquerda.
“Estamos orientando a nossa militância a apoiar incondicionalmente as candidaturas do PSOL, do PC do B, da Rede e do PDT nas capitais e para que, em cada município, os diretórios vejam a quem não devemos conceder nem o voto nem o apoio”, disse Falcão.