Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical e outras seis centrais sindicais realizaram, ontem (22), protestos em vários estados contra as propostas do governo de reforma da Previdência e da legislação trabalhista – que, no entender das entidades, visam retirar direitos da classe trabalhadora.
Na região, em mobilização convocada pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, trabalhadores de 22 empresas paralisaram atividades ontem em São Bernardo, Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. Ao todo, a mobilização reuniu cerca de 8 mil trabalhadores.
Em São Bernardo, participaram do Dia Nacional de Paralisação cerca de 5 mil metalúrgicos de 12 empresas, incluindo Scania e Toyota. Os metalúrgicos saíram de seus locais de trabalho em caminhada até a Avenida Robert Kennedy, onde ocorreu o ato político. Em Diadema, oito fábricas foram paralisadas e o ato com 2,5 mil trabalhadores foi realizado na Rua Álvares Cabral.
O presidente do sindicato, Rafael Marques, disse que as iniciativas do atual governo indicam retrocesso nos direitos dos trabalhadores. “Grande parte do que se conquistou no Brasil é fruto do nosso trabalho, nossa luta. Não vamos permitir que retirem o que nós e as gerações anteriores conquistaram”, afirmou.
Na Avenida Paulista, na Capital, cerca de 30 mil pessoas, segundo a organização, protestaram em frente à sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).