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Produção de veículos cai 18,5% no acumulado do ano

A produção de automóveis e comerciais leves e pesados recuou 18,5% no acumulado de janeiro a se­tembro deste ano frente ao mesmo período de 2015, mostram dados divulgados on­tem (6) pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

O número indica leve melhora da crise no setor. Em agosto, a queda no acumulado no ano havia sido de 20,1%.

Ante setembro de 2015, a retração da produção no mês foi de 2,2%. Em agosto, a variação havia sido de 18,4%, puxada pela paralisação na Volkswagen devido a problemas com a Keiper, fornecedor de bancos automotivos.

Em números absolutos, a produção em setembro alcançou 170,8 mil unidades. Com a retomada da Volkswagen, a entidade espera que esse número supere as 200 mil unidades nos próximos meses.

As vendas, por sua vez, encolheram 22,8% no acumulado de janeiro a setembro ante o mesmo período do ano passado. Em relação a setembro, a queda foi de 20,1% e, em relação ao mês anterior, de 13%.

Antônio Megale, presiden­te da Anfavea, afirmou que o resultado foi influenciado pela greve dos bancos, que derrubou o porcentual de veí­culos financiados pa­ra 51,9% do total vendido, um dos mais baixos da série histórica.

Para o presidente da Anfavea, os resultados mostram tendência de estabilização, mas ainda não indicam melhora no setor automotivo. A recuperação, disse Megale, vai depender da queda da taxa de juros e do avanço de medidas econômicas de ajuste fiscal, como a aprovação do limite de gastos do governo, em tramitação no Congresso.

Em setembro, as vendas de caminhões apresentaram recuo de 4,6% em relação a agosto, para 4,2 mil unidades, e de 29,2% frente ao mesmo mês de 2015. O total de unidades comercializadas de janeiro a setembro caiu 30%, para 38,9 mil unidades, contra 55,5 mil no mesmo período do ano passado.

Exportações

As exportações cresceram 19,6% entre janeiro e agosto frente ao mesmo período do ano passado. Ante setembro de 2015, o aumento foi de 15,8%. Em relação ao mês anterior, porém, houve queda de 3,5%, influenciada também pela dificuldade de produção da VW.

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