Segundo o Portal da Transparência disponível no site do Ministério Público de Minas, Santos recebeu em julho, a título de salário, R$ 23.803,50 líquidos. No entanto, no mesmo mês somaram-se a esse valor indenizações e remunerações retroativas ou temporárias que acabaram elevando o vencimento total para R$ 65.152,99.
“Dentro do orçamento, não há qualquer perspectiva, nenhum sonho da administração de incrementar qualquer vantagem que aumente nossa remuneração?”, seguiu o procurador. “Quero saber se nós, ano que vem, vamos continuar nessa situação ou se Vossa Excelência já planeja algo, dentro de sua criatividade, para melhorar nossa situação. Ou se vamos continuar nesse miserê aí.”
Na sequência, Santos disse que estava “fazendo a sua parte”. “Deixei de gastar R$ 20 mil no cartão de crédito e passei a gastar R$ 8 mil. Nós vamos virar pedinte, quase? Será que estou pedindo muito, para o cargo que ocupo?”
Salários parcelados
O governo de Minas passa por crise financeira, com atraso em investimentos e parcelamento no pagamento de salários de funcionários públicos. Em nota, o MP do Estado disse que “não há nenhum projeto em andamento sobre a adoção de benefícios pecuniários para a carreira de membros (procuradores e promotores de Justiça) ou de servidores, em vista da grave crise financeira vivenciada pelo Estado”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.