Presidente do Palmeiras, Paulo Nobre falou ontem (14) sobre a confusão envolvendo a decisão da arbitragem no clássico entre Fluminense e Flamengo, que terminou com vitória rubro-negra por 2 a 1. O dirigente reconheceu a posição de impedimento no gol anulado do tricolor, mas criticou a forma com que o árbitro Sandro Meira Ricci foi pressionado para recuar na validação do tento.
“O Palmeiras se esforça muito para conquistar todos os resultados dentro de campo. Ninguém vai levar (o Brasileiro) na mão grande. Se tiverem competência, meus parabéns, mas esse tipo de pressão não pode acontecer”, disse Nobre, em referência ao Flamengo, vice-líder com apenas um ponto a menos que o alviverde.
“O Palmeiras é o único com 12 conquistas nacionais dentro de campo. Foi o primeiro a cair para a segunda divisão e voltar dentro de campo. Ontem (quinta), era um árbitro de calibre que estava apitando o jogo, um dos melhores que temos. O lance estava impedido, ninguém discute isso, mas o auxiliar anula o gol, depois eles conversam e o Ricci valida o lance. Na sequência, ficam 13 minutos em uma ‘reunião de condomínio’ para voltar atrás. Era uma coisa para se resolver em 30 segundos”, criticou.
Nobre abordou o possível uso da tecnologia para a decisão do árbitro e cutucou o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). “Foi claro que o lance só foi anulado por uma interferência externa. Isso é proibido. Tem de definir: pode ou não pode ajuda externa? Se puder, pode para todo mundo. Se não puder, não pode para ninguém. O STJD vai ser pronunciar sobre isso?”, indagou.
O dirigente rebateu as críticas ao América-MG, que vendeu o mando do jogo contra o Palmeiras para Londrina (PR). “O América-MG tem o direito de fazer isso, mas quem está criticando também se esquece que o Santos também vendeu o jogo com o Flamengo para uma praça só com flamenguistas”, disse.