O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou ontem (7) que quer votar a reforma da Previdência até o início de setembro. Em entrevista concedida à Rádio CBN, Maia voltou a defender que o plenário da Casa aprove o quanto antes a mesma proposta que recebeu aval na comissão especial, em maio.
“A questão fiscal do Brasil e o déficit da Previdência chegaram em um ponto em que, se a gente tiver um pouco de bom senso, maturidade e responsabilidade, tem de votar, no mínimo, o texto aprovado na comissão. Não adianta fazer uma reforma menor do que isso, porque não vai resolver o problema dos brasileiros”, disse.
O presidente disse que, na próxima semana, deve convidar economistas renomados que possam apresentar números da Previdência para os deputados de partidos governistas. Enquanto isso, Maia afirmou que espera que a base aliada ao governo esteja recomposta para alcançar 308 votos, mínimo necessário para aprovar uma proposta de emenda à Constituição.
“Na minha agenda, a Câmara precisa votar essa matéria em setembro. Espero que a gente esteja com a base organizada no final de agosto para conseguir avançar nessa votação que é decisiva para o Brasil”, declarou.
Faltam votos
A última contabilidade feita pela liderança governista, logo após a aprovação do parecer na comissão especial, apresentava 290 votos favoráveis à reforma. No entanto, na votação em plenário do parecer que pedia o arquivamento da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer, o governo teve o apoio de 263 deputados.