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Polícia apreende material supostamente apócrifo em comitê de campanha de Vaguinho

Foram apreendidos 5 mil exemplares de jornal. Foto: Divulgação

A juíza da 329ª zona eleitoral de Diadema, Claudia Carbonari, concedeu mandado de busca e apreensão para que a Polícia Civil apreendesse no comitê de campanha do vereador e candidato a prefeito de Diadema pelo PRB, Vagner Feitoza, o Vaguinho, material jornalístico supostamente apócrifo. Cerca de 5 mil exemplares da Folha do Dia, jornal que circula no município, foram apreendidos. O material trazia matéria que relaciona o recapeamento que a prefeitura está fazendo nas ruas com aumento na conta de água.

“A juíza expediu o mandado e nós apreendemos o material. Na capa é possível ler: ‘Diademense pode estar pagando asfalto com aumento de 180% na conta de água’. Nosso objetivo era cumprir o mandando e agora tudo foi encaminhado para o cartório eleitoral e vai ficar à disposição da juíza”, explicou Gentil de Oliveira Junior, delegado titular do 3º Distrito Policial (DP) onde a ocorrência foi registrada. Os jornais são do dia 12 de outubro.

Segundo o advogado da campanha de Lauro Michels (PV), Ricardo André Barros de Moraes, uma informação deu conta da existência do material e foi peticionado junto à Justiça Eleitoral o pedido de busca e apreensão. “É um material gráfico sem expediente, sem jornalista responsável. Matérias sem assinatura e sem o CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) da empresa”, explicou. “A lei eleitoral veta que seja distribuído material jornalístico pelos comitês e vamos entrar com ação pedindo uma multa, como previsto na legislação”, prosseguiu.

Doação

O jornalista Carlos Dias, responsável pela Folha do Dia, confirmou que doou o material para a campanha de Vaguinho. “Eles me pediram e eu dei 5 mil exemplares. Não é apócrifo, o jornal é feito por mim há anos. Realmente ficou sem o CPNJ porque, na hora de tirar os anúncios da página, acabou sendo removido por engano”, justificou. “Não estou do lado de um candidato nem de outro”, completou.

A assessoria de Vaguinho informou, por meio de nota, que “sobre a apreensão de material no comitê central, a Coligação Para Diadema Mudar de Verdade esclarece que: o material não é de responsabilidade da coligação; foi o dono do jornal quem pediu para que o material fosse guardado no local; a coligação Para Diadema Mudar de Verdade tem como premissa o respeito à legislação, obedecendo suas normas. Todo o material alvo do mandado de busca e apreensão expedido pela 329ª Zona Eleitoral foi prontamente disponibilizado aos agentes da Justiça, da mesma forma que a Coligação se coloca à disposição para quaisquer esclarecimentos”.

Caso a Justiça Eleitoral considere que o material é apócrifo e que Vaguinho é culpado, o candidato pode ter a candidatura impugnado e tornar-se inelegível.

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