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Plebiscito confirma aprovação de reajuste abaixo da inflação e fim da greve na Scania

Scania garantiu estabilidade no emprego até dezembro do próximo ano. Foto: Arquivo

Em plebiscito realizado ontem (25), os trabalhadores na Scania mantiveram a decisão tomada no dia anterior em assembleia e aprovaram a proposta de acordo encaminhada pela empresa para a campanha salarial deste ano. Com isso está encerrada a mobilização na montadora, iniciada no dia 17.

A oferta da Scania contempla reajuste salarial de 5% retroativo a 1º de setembro (data-base da categoria), abono de R$ 4 mil a ser pago em janeiro e re­posição integral da infla­ção em 2017.

Dos 1.881 votos válidos recebidos no plebiscito, 958 foram favoráveis à proposta da Scania e 923, contrários. Outros 13 metalúrgicos anularam o voto.

O plebiscito foi realizado pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC devido ao placar apertado da votação da assembleia. A oferta dividiu os trabalhadores porque, nas pala­vras do sindicato, “não mu­dou muito” em relação à feita anteriormente e cuja rejeição levou ao início da greve.

Sem mudança no porcentual de reajuste, que ficou abaixo do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado nos 12 meses anteriores à data-base (9,62%), o acordo garante ainda a extensão do período de estabilidade dos trabalhadores por mais três meses, até dezembro de 2017; a renovação dos contratos de trabalho temporários e a antecipa­ção do pagamento do 13º salário de 2017 para fevereiro.

O acordo também prevê adicional nos salários a ser aplicado em janeiro de 2018 e 2019, caso a produção anual atinja ou supere 16 mil unidades de caminhões e ônibus. O acréscimo será de 0,5% a cada mil unidades a mais. Segundo o sindicato, a montadora se comprometeu a manter os volumes destinados à exportação.

Campanha

A Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT) vai assinar hoje (26) as convenções coletivas de trabalho com as bancadas patronais da Fundição, Estamparia e do Grupo 2, que compreende as indústrias de máquinas e eletroeletrônicos.

Os três grupos foram os únicos a oferecer a reposição da inflação pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (INPC), que acumula 9,62% nos 12 meses anteriores à data-base da categoria (1º de setembro).

Nos demais, as bancadas patronais não chegaram aos 9,62%, que passaram a ser o mínimo aceito pela categoria. Estão nessa condição os grupos 3 (autopeças, forjaria e parafusos), 8 (metais ferrosos, não ferrosos e condutores elétricos) e 10 (reparação de veículos, lâmpadas e material bélico).

Estão em campanha salarial 203 mil metalúrgicos no Estado de São Paulo, dos quais 77 mil na região.

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