Os dados por estado demonstram que no Rio Grande do Sul, 56% das entrevistadas concordam que os profissionais da saúde não estão preparados para lidar com mulheres que sofrem perda gestacional.
Cerca de 23 milhões de gestações em todo o mundo terminam em aborto espontâneo a cada ano; conforme demonstram estimativas publicadas na revista médica The Lancet em 26 de abril de 2021. No entanto, nem sempre as mulheres recebem o apoio e o cuidado adequados após tão grande perda. Especialmente quando passam pela curetagem, que não é fácil, e é muito doloroso. Muitas vezes, após passar pelo procedimento, as pacientes são simplesmente instruídas pelos profissionais da saúde a “apenas tentar novamente”.
Conforme constatou o Trocando Fraldas em seu mais recente estudo, 40% das brasileiras que já sofreram aborto e fizeram curetagem, acreditam que os profissionais da saúde não estão preparados para lidar com as mulheres nestas situações. O porcentual é mais alto entre as mulheres dos 35 aos 39 anos, com metade das participantes. Já entre as entrevistadas dos 30 aos 34 anos, pelo menos 48% concordam com esta afirmação.
Os dados por estado demonstram que no Rio Grande do Sul, 56% das entrevistadas concordam que os profissionais da saúde não estão preparados para lidar com mulheres que sofrem perda gestacional. No Rio de Janeiro e no Espírito Santo, 47% e 44%, respectivamente, concordam com a afirmação. Já em São Paulo, 39% acreditam que os profissionais da saúde não estão preparados.