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Paulinho Serra congela 60% do orçamento de Santo André

Serra: “além de mandar orçamento fictício, executaram um orçamento fictício. Foto: Júlio Bastos/PMSAO prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), anunciou ontem (6) o contingenciamento de 60% do orçamento de 2017, o que representará corte de R$ 1,9 bilhão na projeção de receitas neste exercício. De acordo com o chefe do Executivo, a redução está baseada em estudo elaborado pela nova administração, que apontou expectativa de receita “superestimada” no orçamento do período. Parte do corte também corresponde à economia necessária para quitação da dívida de mais de R$ 300 milhões herdada do governo Carlos Grana (PT).

“Estamos congelando par­te substancial, porque os orçamentos de Santo André nos últimos anos eram peças de ficção, superestimados. A partir desta gestão vamos trabalhar com orçamento real. Primeiro, para que as dívidas não aumentem. Segundo, porque temos que pagar esses R$ 300 milhões que foram herdados”, enfatizou Serra.

Segundo o tucano, a previsão de arrecadação em 2017 é cerca de 25% inferior aos R$ 3,182 bilhões projetados na peça orçamentária encaminhada à Câmara no ano passado pela gestão petista. A estimativa está baseada no comportamento arrecadatório da cidade nos últimos três anos. O levantamento mostrou que em 2014, por exemplo, a prefeitura obteve apenas R$ 1,5 bilhão em receitas, dos R$ 3,2 bilhões previstos no orçamento para aquele ano. “Além de mandar orçamento fictício, executaram um orçamento fictício, ou seja, executaram mais serviços do que havia de recursos disponíveis”, destacou Serra.

Para perseguir a meta de economia, foi criada uma Comissão de Controle Orçamentário (CCO), que será responsável pela análise de liberação de recursos para cada uma das áreas da administração. “O contingenciamento não será linear. É um objetivo, mas é a CCO que vai analisar, conforme a necessidade de cada área”, explicou o prefeito.

Semasa

Além do plano de redução do orçamento, o prefeito de Santo André confirmou ontem o retorno de Ajan Marques na superintendência do Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André (Semasa). Marques comandou a autarquia entre 1993 e 1996, durante a gestão do ex-prefeito Newton da Costa Brandão – morto em 2010. Ex-adjunto da pasta de Mobilidade Urbana, Obras e Serviços Públicos, Ricardo da Silva Kondratovich passa a ocupar o posto de superintendente adjunto do Semasa.

O novo comandante da autarquia terá sua primeira agenda no posto nesta segunda-feira (9), em reunião com o presidente da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), Jerson Kelman. No encontro Ajan apresentará uma lista de nove demandas à empresa estadual, entre elas a criação de microzonas para redução de pressão e sistema de caça-vazamentos.

“A primeira prioridade será colocar água na torneira da população, que não pode pagar a conta e não receber água em casa. Em um segundo momento trataremos da questão da dívida”, informou o prefeito.

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