O governo do prefeito de São Caetano, José Auricchio Junior (PSDB), anunciou ontem (13) a devolução de 43 veículos antes utilizados para o transporte de integrantes da administração do ex-prefeito Paulo Pinheiro (PMDB). O número representa cerca de 30% da frota alugada da prefeitura – que ultrapassa 150 veículos e totaliza gastos de quase R$ 30 milhões anuais.
A estimativa é de que a rescisão do contrato com três locadoras diferentes gere economia na casa de R$ 12 milhões por ano aos cofres municipais.
A medida de contenção de gastos soma-se a seis decretos de ajuste financeiro já publicados pelo Paço e que visam atingir a meta de contingenciamento de mais de R$ 200 milhões do orçamento deste exercício, estimado em R$ 1,3 bilhão pela gestão anterior.
Entre as medidas anunciadas está a limitação do uso de celulares corporativos e de carros oficiais, além da suspensão de horas extras e dos aditamentos de contratos com fornecedores e empresas terceirizadas.
O governo municipal também já havia determinado o congelamento de 30% dos gastos com salários de funcionários comissionados, a suspensão do início de obras que dependem de recursos próprios para sua execução e da participação de servidores em seminários de capacitação, cursos e eventos que onerem os cofres públicos.
Agenda tucana
O corte de veículos oficiais e de uso de servidores foi pauta comum entre os candidatos do PSDB durante campanha eleitoral de 2016. Além de São Caetano, o prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), já havia tomado medida semelhante no início desta semana. Na oportunidade, o tucano anunciou tratativas para rescisão de contrato de locação de 26 carros oficiais e a doação de seis veículos próprios à Guarda Civil Municipal (GCM). Cerca de R$ 3,5 milhões deverão ser poupados.
Em Santo André, o prefeito Paulo Serra (PSDB), também defendeu redução de custos baseada no corte de veículos oficias e de celulares corporativos usados por gestores da administração municipal. Na cidade, a projeção é de que o número de carros oficiais seja reduzido de 40 para dez. Ao lado de outras medidas de arrocho, como corte de cargos comissionados e de secretarias, Serra estima economizar mais de R$ 30 milhões por ano.