Política-ABC, São Bernardo do Campo, Sua região

Oposição pede a destituição da atual diretoria do Sindserv

Chagas: “Estou seguindo o estatuto da entidade”. Foto: Eberly LaurindoO grupo de oposição à atual diretoria do Sindicato dos Servidores Públicos e Autárquicos de São Bernardo (Sindserv) ameaça entrar com ação judicial para destituir o presidente Giovani Chagas e o corpo diretivo da entidade. A medida também busca barrar a nova eleição convocada para os dias 13 e 14 de outubro – desta vez, sem o acompanhamento do Ministério Público do Trabalho (MPT). Uma petição com as mesmas demandas também foi lançada nesta semana pela categoria.

A movimentação ocorre em paralelo à Ação Civil Pública aberta pelo MPT, com base nas denúncias de fraude eleitoral e falsificação de documentos durante a realização do último pleito, em agosto. O processo corre em segredo de Justiça. À época, o órgão anulou a votação sem prévio entendimento entre as chapas, alegando apuração de “ilegalidade” no processo.

“A atual diretoria está desde o ano passado arrastando a eleição para permanecer no comando. Esse chamado (para a nova eleição) se deu à revelia da Justiça e não tem legalidade. Eles citam o estatuto, mas não foi apenas uma eleição anulada e sim três, sendo que na última houve um crime grave”, disse servidor da Educação Marcelo Gonçalves Siqueira, que encabeça o grupo contrário a Giovani. “Isso demonstra que a atual direção não tem condições de tocar um processo limpo e com transparência”, prosseguiu.

De acordo com Siqueira, a chapa 2 – que representou a oposição nos pleitos anteriores – não deverá disputar a nova eleição. “Não vamos participar de um teatro que só serve para enganar a categoria. Muitos não deverão aderir a essa eleição”, disse. O prazo para inscrição de chapas se encerra na próxima terça-feira (27). “Vamos aguardar essa ação ser julgada e vamos pedir intervenção da Justiça para que a gente possa ter uma eleição isenta, da qual a categoria tenha o controle”, completou.

Presidente do Sindserv, Chagas afirmou desconhecer a petição, mas que a movimentação é “direito da oposição”. “Estou seguindo o estatuto, que determina a convocação de nova eleição dentro de 30 dias após a anulação da anterior. O MPT não comunicou oficialmente o sindicato sobre a anulação. Na época apenas mandou uma mensagem por celular ao nosso advogado. O MPT cancelou a eleição com base em depoimentos de membros da chapa 2, sem nos ouvir e sequer nos procurar”, afirmou. Chagas também entrou com pedido na Justiça para garantir direito à defesa.

Investigação

Em nota, o MPT confirmou que não participará da nova votação convocada para os dias 13 e 14 de outubro e contestou a realização de nova votação. “O MPT vem realizando investigação aprofundada para apurar se houve fraudes no pleito anterior ocorrido em agosto, e considera que a convocação de novas eleições não está sendo feita em um momento adequado”, informou.

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