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Motoboys realizam ato tímido nas ruas da Capital

Motoboys realizam ato tímido nas ruas da Capital
Ato contou com não mais do que 400 participantes, que saíram de moto da sede do sindicato da categoria, no Brooklin, e terminaram em frente ao TRT-2, na Rua da Consolação. Foto: Divulgação

Sem a adesão dos líderes do “Breque dos Apps” – paralisação que reuniu, em 1º de julho, milhares de trabalhadores de várias partes do país -, os motoboys fizeram nesta terça-feira (14) segunda e tímida mobilização em São Paulo, desta vez convocada pela União Geral dos Trabalhadores (UGT) e pelo sindicato dos motoboys de São Paulo, o Sindimoto.

O ato contou com não mais do que 400 participantes, que saíram de moto da sede do sindicato da categoria, no bairro do Brooklin, e terminaram em frente ao Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, na Rua da Consolação, no Centro da cidade. Lá, fizeram concentração simbólica enquanto o desembargador Rafael Pugliese conduzia, pela internet, uma reunião de conciliação entre entregadores e empresas de aplicativos. A reunião, no fim das contas, precisou ser interrompida por problemas de conexão no computador do magistrado. Uma nova data será anunciada pela Justiça.

Essa seria a primeira rodada de negociações entre os motoboys e as cinco principais plataformas de entrega por aplicativo – Uber Eats, iFood, Rappi, Loggi e Lalamove. Do lado dos manifestantes, estiveram o presidente da UGT, Ricardo Patah, e o presidente em exercício do Sindimoto, Gerson Silva Cunha.

“As empresas começaram apresentando o posicionamento padrão delas, de que não reconhecem a necessidade de negociação na Justiça Trabalhista por não haver vínculo empregatício entre os apps e os motoboys. Porém, a conexão falhou e os trabalhadores não conseguiram falar”, disse Ricardo Patah.

Procurados, os aplicativos não se pronunciaram sobre o assunto.

AGENDA

Entre as reivindicações dos motoboys estão a definição de tabela mínima de cobrança pelo serviço e o aumento do porcentual repassado aos entregadores. Os sindicalistas incluíram na pauta o reconhecimento de vínculo trabalhista, tema que não é consenso entre os motoboys. Há uma terceira paralisação agendada para o próximo dia 25, convocada por líderes como Paulo Lima, dos Entregadores Antifascistas, e Diógenes Souza, que lidera os grupos de WhatsApp em São Paulo.

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