A disputa pela Prefeitura de Diadema tem o prefeito Lauro Michels (PV) e o vereador Wagner Feitoza, o Vaguinho (PRB), como favoritos a chegar ao segundo turno. Ex-aliados – Vaguinho era filiado ao PSB, partido que integra a base de apoio do verde –, os dois postulantes lideram as pesquisas de intenção de voto, com o republicano na segunda colocação.
Com grande tradição política na cidade, o PT do também vereador Manoel Eduardo Marinho, o Maninho, por enquanto tem papel coadjuvante da disputa e aparece em terceiro nas sondagens.
Ex-vereador, Michels tem a maior coligação da disputa municipal, com 15 partidos em seu arco de alianças. Durante sua campanha, o verde tem defendido as conquistas de seu mandato, como a entrega de mais de mil unidades habitacionais e a renegociação da dívida da extinta Companhia de Saneamento de Diadema (Saned) com a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), que estava em torno de R$ 1,2 bilhão.
Como resultado da negociação, a dívida foi extinta e a cidade recebeu R$ 105 milhões, que a administração está investindo em obras de saneamento ambiental e recapeamento. Iniciadas no segundo semestre deste ano, as intervenções são a principal vitrine de Michels, mas são apontadas pela oposição como eleitoreiras.
Vaguinho passou quase um ano tentando convencer o PSB, seu antigo partido, a apoiar sua candidatura a prefeito. A sigla fazia parte do governo e rompeu com Michels, chegando a anunciar a pré-candidatura do vereador, mas a direção municipal voltou atrás e a disputa se estendeu até que Vaguinho se filiou ao PRB. Para manter o PSB em sua base de apoio, Michels colocou como presidente da sigla seu primo, Marcos Michels.
O PT enfrentou um racha interno que quase o levou às prévias, pois não conseguia chegar ao consenso na escolha de seu candidato. Unanimidade entre todos os militantes, o ex-prefeito José de Filippi Junior abriu mão da disputa, alegando desgaste depois de três mandatos à frente da cidade. Nos bastidores, porém, o entendimento é que, tendo sido citado na Operação Lava Jato, o fato seria um prato cheio para a oposição.
A disputa que se anunciava entre os vereadores Maninho e José Antonio da Silva e o deputado federal Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, não chegou a ocorrer, uma vez que os dois últimos desistiram das prés-candidaturas.
Também disputam o Paço Taka Yamauchi (PSD), Virgílio Alcides de Farias (Rede), Ivanci Vieira dos Santos (PSTU), José dos Santos Cruz (PSOL), Vandival Ferreira (PCO) e Silvino Roque Neto, o Russo (PMN).