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Metalúrgicos da FEM/CUT aprovam acordos da Campanha Salarial 2020

Na quinta-feira (1°) foi a vez de os trabalhadores na Mercedes-Benz votarem a proposta negociada pelo sindicato com a montado­ra, que foi aprovado pela mai­oria. Foto: Divulgsação/Mercedes
Na quinta-feira (1°) foi a vez de os trabalhadores na Mercedes-Benz votarem a proposta negociada pelo sindicato com a montado­ra, que foi aprovado pela mai­oria. Foto: Divulgsação/Mercedes

O resultado das negociações relativas à campanha sa­la­rial des­te ano dos meta­lúrgicos do Estado de São Paulo ligados à Central Única dos Trabalhadores (CUT) foi apresentado à categoria por meio assembleia virtual rea­lizada na platafor­ma digital do Sindicato dos Me­talúrgicos do ABC, um dos 14 representados pela Federação Esta­dual dos Me­talúrgicos. O presidente da FEM/CUT, Luiz Carlos Silva Dias, o Lui­zão, detalhou as propostas e os trabalhado­res votaram na última quar­­ta-feira (30). Ao final, os acor­dos firmados com as ban­ca­das patronais foram apro­va­dos por 88% dos votantes.

A maioria dos metalúrgi­cos conquistou reposição da inflação e renovação da convenção coletiva por dois anos. Segundo o sindicato, há acordos fechados com 80% da base.

Até o momento foi possí­vel chegar ao entendimento com as bancadas do Sindicel (condutores elétricos, trefilação e laminação de metais não-ferrosos), Fundição, G2 (máquinas, aparelhos elétricos e eletrônicos) e G3 (autopeças, forjaria e parafusos). Outros grupos prometeram apresentar proposta, como Estam­paria, G8.3 (ferramentas, materiais e equipamentos ferroviários e rodoviários) e Sindratar (refrigeração).

O G10 (lâmpadas, material bélico e equipamentos odontológicos) se recusou a negociar e o G8.2 (trefilação e laminação de metais ferrosos) apresentou proposta de reajuste zero, rejeitada já na mesa de negociação. Para esses grupos, a FEM/CUT protocolou aviso de greve.

O secretário-geral do sindicato, Moisés Selerges, des­tacou o êxito da FEM/CUT e dos dirigentes ao garantir a manutenção de direitos em um momento político tão conturbado. “Os dirigentes foram bons comandantes nes­se momento de mar revolto. A federação está de parabéns pela negociação. Isso não significa que podemos relaxar ou pensar que está tudo resolvido, mas mostramos que somos fortes”, comentou.

“Estamos travessando um período bem difícil de pande­mia com economia em queda e, para agravar, temos um governo que trabalha o tempo todo com bastante força na retirada de direitos dos trabalhadores. Por isso, conseguir renovar as cláusulas sociais das nossas convenções coletivas é uma vi­tória importante”, completou.

MERCEDES

Na quinta-feira (1°) foi a vez de os trabalhadores na Mercedes-Benz votarem a proposta negociada pelo sindicato com a montado­ra, que foi aprovado pela mai­oria. O acordo garantiu a renovação das cláusulas social da convenção coletiva por três anos e a instituição de vale-refeição no valor de R$ 300 permanente a todos os trabalhadores, que será corrigido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) em 2021 e em 2022 será reajustado para R$ 330.

Para este ano não have­rá reposição da inflação. Para 2021 e 2022, o acordo garante o repasse integral do INPC. (Reportagem Local)

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