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Mães reclamam de creches e Emeis em Santo André

Mães de alunos das creches e escolas de educação infantil de Santo André reclamam da redução do horário e da antecipação do fim do ano letivo. Segundo os relatos, o contrato entre a prefeitura e a empresa responsável pelos funcionários que fazem a limpeza das unidades foi encerrado e professores e diretores têm solicitado que os pais não levem as crianças.

Mãe de uma aluna da Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental (EMEIEF) José Lazzarini Júnior, na Vila Marina, a funcionária pública Claudia Martinez relata que foi informada pela direção que a partir da próxima semana as crianças serão atendidas apenas por duas horas e meia. “A própria diretora confirmou que é porque sem os funcionários da limpeza, as crianças não tem como ficar o período integral”, completou.

Claudia trabalha em Diadema e ainda não sabe quem ficará com a filha no restante do dia. “Meu irmão é autônomo, e talvez possa ficar com ela. Se não der, vou ter que leva-la comigo para o meu trabalho. Só que nas imediações do meu serviço têm ocorrido muitos assaltos, então eu fico com mais medo ainda por estar com ela”, concluiu.

A mãe de uma aluna da Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI) Chico Mendes, no Recreio da Borda do Campo, relatou que a filha já foi dispensada. “Ontem (quinta-feira, dia 01), foi o último dia de aula. Vou deixa-la com a minha sogra, mas sei que muitos pais não tem essa opção”, declarou. A moradora, que preferiu não se identificar, também reclamou que a qualidade da merenda caiu drasticamente nos últimos meses. “Tem criança que só se alimenta na escola e com certeza elas estão ficando com fome”, finalizou.

Outra munícipe, que também pediu para não ser identificada, é mãe de uma aluna da creche Laura Camargo Dias, no Valparaíso. “Esse ano todas as creches passaram por sérias dificuldades. A alimentação que antes era feita no capricho e fartura na própria creche, passou a ser feita no Craisa. A janta que antes era comida, passou a ser sopa pela praticidade e as vezes macarrão”, pontuou.

Segundo a moradora, os funcionários têm pressionado os pais a não levar as crianças e antecipar as férias. “A programação era que as aulas fossem até o dia 16 de dezembro. Depois, mudaram para o dia 9, por conta da história do término do contrato da limpeza.

Porém, desde quarta-feira (30), quando todos os produtos de limpeza foram levados pelas funcionárias, os professores estão pedindo para as crianças não serem levadas.”

Licitação

Em nota, a Secretaria de Educação de Santo André informou que “já deu inicio ao processo licitatório para a contração de uma nova empresa para a realização de serviços de limpeza nas unidades da rede municipal de ensino, com o objetivo de normalizar a situação o mais rápido possível. A rede de ensino já atingiu as 800 horas de aulas anuais obrigatórias, o que possibilitou a redução do período de permanência das crianças nas escolas em algumas unidades, enquanto a questão é solucionada”. A prefeitura não respondeu as reclamações sobre a merenda.

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