Com bandeira da “transparência”, a vice-prefeita de São Caetano e candidata ao comando do Palácio da Cerâmica, Lúcia Dal´mas (PRTB), afirmou ontem (12) ao Diário Regional que, se eleita em outubro, vai enxugar e revisar contatos firmados pela administração e promover um “choque de gestão” a fim de combater supostos desvios de conduta praticados pelos últimos governos.
“O maior problema hoje é a questão da corrupção, com denúncias de superfaturamento de remédios e de funcionários fantasmas. Isso é a primeira coisa que tem que ser combatida. Uma maneira de atingir isso é começar a fazer um enxugamento e revisão dos contratos. Vamos dar os instrumentos para que o Tribunal de Contas do Estado (TCE), e quem mais tiver interesse, possa analisar. Queremos fazer um governo aberto e de participação para que isso possa ser realmente vasculhado”, disse.
Citando inchaço da máquina pública, a prefeiturável também defendeu a redução de cargos comissionados e a incorporação de secretarias, como Obras e Habitação e Serviços Urbanos, além da criação da Contr oladoria Geral do município, a exemplo do que foi implementado pelo prefeito da Capital, Fernando Haddad (PT), em 2013. A proposta é integrar atividades da Controladoria à Corregedoria e Ouvidoria da cidade.
“Estive com meu vice (André Stábile, PRTB) em Brasília, no ano passado, para conhecer a Controladoria Geral da União (CGU) e algumas pessoas de lá propuseram-se a nos ajudar aqui, junto com a própria prefeitura de São Paulo”, explicou. “É possível fazer esse enxugamento, unindo essas três áreas em uma só, e obter um maior controle interno”, destacou. Outra proposta de Dal´mas é retomar a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade, hoje reduzida à diretoria da pasta de Serviços Urbanos.
Dívida herdada
A candidata do PRTB também pregou maior transparência nas finanças municipais, sobretudo sobre a dívida herdada pelo atual prefeito Paulo Pinheiro (PMDB) de seu antecessor José Auricchio Junior (PSDB). “O prefeito sempre fala da dívida, mas até hoje ninguém viu essa dívida de maneira aberta, tampouco a ata de transição (de prefeito). Na época, pedi essa ata, mas nada me foi mostrado. Sabemos que existe a dívida, seja em forma de restos a pagar ou dívida propriamente dita, mas precisamos colocar isso aberto à população”, salientou.
Para equacionar as finanças, a candidata afirmou que pretende auditar contratos, folha de pagamento de funcionários, além da dívida atual. ”Se existe uma dívida, tem de renegociar e cuidar para que não volte. Não pode esperar mais quatro anos para resolver isso”, disse.