Depois da derrota para o Vitória e com desempenho muito ruim, o São Paulo voltou a ser assombrado pela proximidade da zona de rebaixamento do Brasileirão.
Com o clube quatro pontos acima do 17º colocado, os torcedores do time do Morumbi demonstraram irritação com o técnico Ricardo Gomes pelas redes sociais. Além disso, as reclamações se estendem até entre alguns conselheiros.
Apesar do cenário, o presidente tricolor, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, bancou a permanência do treinador.
“Trocar o comando agora não levaria a nenhum resultado. Seria fazer o fácil e não sou de fazer o fácil”, disse Leco ao “Blog do PVC”.
O pensamento é de que uma nova troca de treinador (seria o quarto no ano) não faria bem aos jogadores neste momento em que faltam apenas mais 11 rodadas para o encerramento da temporada.
A tendência é que Ricardo Gomes não continue no clube em 2017. O contrato com o técnico não prevê multa nem tem tempo de vínculo. Ou seja, a diretoria poderia rompê-lo a qualquer momento sem prejuízo.
O comandante está no São Paulo há oito partidas. São três vitórias, quatro derrotas e dois empates, aproveitamento de 38,8%.
Um dos questionamentos dos torcedores do São Paulo diz respeito à pouca utilização de jogadores da base, como David Neres e Luiz Araújo. Como o problema da equipe é no ataque, alguns ainda comparam a vinda de Jean Carlos ao meia Dátolo, do Atlético-MG.
A diretoria preferiu não contratar Dátolo do clube mineiro por questões físicas e financeiras, mas o jogador esteve nas duas últimas partidas do clube. Já Jean Carlos, contratado do Vila Nova, ainda não foi apresentado no São Paulo.
Problemas
Os desafios de Ricardo Gomes são muitos e os do diretor-executivo Marco Aurélio Cunha – que tenta equilibrar questões dentro e fora de campo – também. Há algum tempo a equipe apresenta certo desgaste físico na segunda etapa das partidas.
O sistema defensivo tem falhado demais em bolas aéreas e isso ainda não foi corrigido. Porém, o principal problema mesmo é a criação. O treinador ainda não conseguiu encontrar um esquema que seja ofensivo e efetivo.
Soma-se a isso o fator psicológico dos jogadores, que cada vez mais mostram a falta de confiança para tentar qualquer reação no campeonato.