O prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), descartou na última terça-feira (13), em entrevista exclusiva ao Diário Regional, o retorno do município ao Consórcio Intermunicipal ABC. Porém, deixou em aberto a participação da cidade em um novo modelo de colegiado regional.
“Não volto para o Consórcio nesse modelo. Sou a favor da pauta regional e de uma série de coisas, mas aquela massa falida tem um síndico. Então, o síndico que faliu tem de tomar conta”, afirmou.
Sobre as declarações dadas à imprensa regional pelo prefeito de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), segundo as quais o verde voltaria à entidade, Michels disse que houve uma confusão. “O Atila se confundiu. Falou que eu voltaria para uma nova formulação. Então, não é o Consórcio, uma agência ou algo parecido. Para esse Consórcio não volto. Se houver mudanças, pode ser”, pontuou.
Na última reunião do Consórcio, o prefeito de Santo André e vice-presidente da entidade, Paulo Serra (PSDB), abriu a possibilidade de mudanças no formato da entidade. “O diálogo sempre é fácil desde que se tenha boa vontade das partes envolvidas. Nesse caso, acredito que, discutindo um novo modelo, os municípios externaram vontade de recompor. Aproveitando essa discussão orçamentária, temos de colocar outras questões para seguir adiante”, destacou.
Os prefeitos das cidades consorciadas iniciaram o debate do orçamento da entidade, cujo valor estimado para o próximo ano é de R$ 16,3 milhões, mas que pode sofrer mudanças.
Há meses, as reuniões do colegiado não têm contado com todos os chefes de Executivo da região. Jacomussi e os prefeitos de São Caetano, José Auricchio Júnior (PSDB), e de Rio Grande da Serra, Gabriel Maranhão (sem partido), não são figuras constantes nas assembleias. Para Michels, o consórcio não existe mais. “Não foi Diadema que saiu. O consórcio que acabou”, afirmou.
SÃO CAETANO
São Caetano deve seguir o exemplo de Diadema e deixar o Consórcio. Auricchio protocolou na Câmara nesta semana projeto que prevê a desfiliação da entidade. A medida seguiu para análise das comissões da Casa.
Em abril, José Auricchio sancionou propositura aprovada pelo Legislativo que suspendia os repasses de R$ 1,2 milhão para o Consórcio. À época, o tucano alegou que não havia interferido no debate na Câmara. Em maio deste ano, a Câmara de Rio Grande da Serra também aprovou a saída da entidade.