
O processo contra o deputado estadual Coronel Nishikawa (PSL), que tem base eleitoral em São Bernardo, sobre suposta “rachadinha ou pedágio” (arrecadação de parte do salário dos assessores) foi arquivado. A decisão ocorreu após o desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) Ferraz de Arruda (relator) acolher o pedido do Ministério Público de arquivamento.
Segundo nota divulgada pela assessoria do parlamentar, o pedido de extinção do processo ocorreu após análise de “extratos bancários que foram apresentados de forma voluntária pelos assessores, demonstrando claramente a inexistência de devolução de salário”.
O processo correu sob segredo e a decisão foi publicada pelo TJ-SP.
A abertura do inquérito, que também investigou dois assessores de Nishikawa, foi autorizada no dia 11 de julho do ano passado e teve como base denúncia anônima por e-mail, dizendo que o deputado do PSL recolhia metade dos salários dos funcionários do seu gabinete, onde estavam lotados, à época, 18 servidores comissionados.
Segundo a denúncia, os valores seriam arrecadados e depositados nas contas bancárias dos filhos de Nishikawa e da tia de uma sobrinha adotiva dele. Segundo a denúncia, o esquema seria coordenado pelo chefe de gabinete Walter Resende Filho, então presidente do PSL em São Bernardo, cidade onde reside Nishikawa.
De acordo com a assessoria do parlamentar, na decisão consta que “após realizadas diligências, o Ministério Público não reputou verificados indícios mínimos que dessem respaldo à denúncia anônima, e requereu, o Procurador da Justiça, atuando por delegação do Procurador Geral de Justiça, o arquivamento do presente”.
“Foi um momento muito difícil para mim, pois não tenho a índole de cometer ilícitos. Sempre trabalhei muito e vou continuar à disposição da população de São Paulo”, afirmou Nishikawa, que é coronel da Polícia Militar.