
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), aproveitou a ida a Brasília para reunião com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, para se encontrar com recém-eleito presidente do Senado e do Congresso, Davi Alcolumbre (DEM-AP). Na pauta da visita a reforma da Previdência.
“A reforma da Previdência é fundamental e essencial para o Brasil. Aproveitei para convidar o senador Davi e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), para uma visita a São Paulo, a fim de discutirmos a reforma”, pontuou.
Em entrevista coletiva, Doria ressaltou o compromisso de Alcolumbre com a reforma da Previdência. “O novo presidente do Congresso, do Senado, confirmou que essa pauta é prioritária, e que fará todos os esforço para que seja aprovada, evidentemente depois de bem apresentada e discutida no âmbito do Senado, mas com intenção a celeridade e depois, da aprovação”, afirmou o governador, ao destacar que “o PSDB, com bancada de oito senadores, está com plena disposição de votar a favor da reforma”.
Questionado se o senador Renan Calheiros poderia apresentar resistência à reforma após a derrota na eleição, Doria afirmou que preferia “não fulanizar e personalizar” a questão. “Renan já havia se apresentado favorável à reforma. Tenho certeza que os brasileiros de bem, as pessoas conscientes, independentemente de questões partidárias ou ideológicas, votarão favoravelmente à reforma da Previdência”, pontuou.
Sobre a relação do PSDB com o DEM, o governador descartou problemas, tanto em São Paulo quanto em âmbito nacional. “A relação é a melhor possível e continuará sendo uma relação estreita, boa e produtiva para os partidos e para o Brasil”, afirmou.
PROJETO ANTICRIME
Durante coletiva, Doria elogiou o pacote anticrime apresentado por Moro. Afirmou que não há nenhum ponto agudo de discordância por parte dos governadores, mas adiantou que serão apresentadas sugestões à medida. “O projeto terá o apoio dos governadores com suas bancadas, mas os governadores ainda farão sugestões complementares ao projeto, pois são os que sofrem as maiores consequências dos problemas hoje do combate ao crime”, disse.
Os governadores aproveitaram para fazer sugestões a Sergio Moro, dentre as quais o fim das “saidinhas de presos” e que jovens presos portando fuzis não possam ser liberados rapidamente – ainda que não tenham antecedentes criminais.