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Incompetência ou prepotência política

Incompetência ou prepotência política
Foto: Arquivo pessoal

São Bernardo do Campo vive ultimamente uma onda não se sabe se de incompetência ou prepotência política generalizada em um momento determinante para a cidade.

A oposição parece letárgica sem se movimentar com aquela historinha para inglês ver, de que ainda não é o momento; enquanto isso o governo vai sugando as suas energias e ampliando o leque de apoiadores, por todos os cantos da cidade, inclusive em enclaves tidos como intransponíveis.

Enquanto esse pequeno exército vai recebendo recursos e se movimentando, os demais não têm como fazer, por falta de apoio, por falta de estrutura, e por benefícios a pouquíssimos ungidos.

Membros da oposição comentam a boca miúda que do jeito que está o governo leva essa de foram tranquila e com um pé nas costas, e ressaltam a liberação de valor de desapropriação feita no final do governo Marinho, apenas para o hoje prefeito Orlando Morando. Uma situação que, ainda hoje, está mal explicada e alimentam teorias das mais diversas.

Tudo o que foi prometido com a elevação de Luiz Marinho a novamente candidato do PT ao Executivo Municipal foi esquecido. O núcleo duro do governo está de volta, e muitos integrantes da legenda dizem que é repeteco ( falta de educação, absolutismo, privilégios em demasia, engenheiros de obras feitas,  inventores da roda) e isso eles não querem.

O que pode dar algum alento à campanha em geral é a candidatura do vereador Rafael Demarchi ao Executivo. Se azarão ou não, pode balançar o jogo desde que o Partido dos Trabalhadores venha fazer a sua parte, assumir a condição de oposição, uma vez que o deputado federal Alex Manente assumiu, praticamente, apoio ao Governo Municipal,  o que eliminou um grande foco de oposição.

A situação é tão estranha que alguns vereadores do partido já foram alçados à condição de líderes do governo da ala da oposição. Desta forma demonstram que o caminho está quase um céu de brigadeiro ou um mar de almirante para Orlando Morando.

Mas a situação é pior quando se olha para algumas assessorias que não sabem para onde vão ou para quem trabalham, doidos para estarem no time vencedor e já desenham seus prognósticos.

A situação é desastrosa e, pelo jeito, a única coisa que pode mudar é a força dos acontecimentos, que é muito maior que a força dos homens.

Como disse Júlio Cezar ao atravessar o Rubicão para entrar triunfante em Roma: a sorte esta lançada, o problema é que aqui os dados parecem estar viciados.

Donizetti de Souza
Jornalista e articulista político

  • O texto é responsabilidade exclusiva do autor e não representa posicionamento do Diário Regional e do Grupo ABC de Jornais.
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