O garoto acorda com a tenda armada e, antes de ir para a escola, se dá uma mãozinha. A mãe entra no quarto e é o circo que está armado. A cena vista em “Porky’s” (1981) e “American Pie” se repete em “O Último Virgem”.
A comédia erótica segue o roteiro clássico: CDF procura perder a virgindade entre o fim do ensino médio e começo da faculdade. Aqui, o papel fica a cargo de Guilherme Prates, que tem o humor estampado na cara. Porém, assim que os outros personagens surgem, seca todo o riso.
O grupo, composto por pelo hippie maconheiro, o gordo escroto e o marombeiro de cérebro atrofiado se mete nas maiores enrascadas com uma turma de personagens loucos (e rasos) enquanto só pensam naquilo.
O texto e a direção de Rilson Baco e Felipe Bretas deixam na sala um cheiro de montagem do festival do colégio.
O texto parece pensado por um tiozão. Há um ou outro momento de inspiração. Porém, sacadas (como a dos créditos imitando embalagens de camisinha ou de lubrificante) não abundam.
No mais, é sexo visto através de lentes moralistas, tão asséptico como em “De Pernas Para o Ar”, outra comédia que finge falar de vuco-vuco nu e cru, mas só entrega um humor brochante.