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Hospital de Clínicas precisa de reformas, diz secretário de Saúde

Após três anos da inauguração, hospital ainda tem leitos desativados. Foto: Eberly LaurindoO secretário de Saúde de São Bernardo, Geraldo Reple Sobrinho, afirmou que o Hospital de Clínicas Municipal José Alencar, inaugurado em dezembro de 2013, apresenta sérios problemas estruturais que impedem seu total funcionamento. “Vou fazer uma fala política que não gosto muito, mas infelizmente, o HC foi entregue e vai ter que fazer muitas obras. O piso do hospital, que tem três anos, vai ter que ser trocado”, declarou.

Segundo o gestor, a obra foi executada com sérias falhas. “Um hospital maravilhoso, um dos melhores que eu já vi no Brasil e no exterior, infelizmente, com algumas falhas estruturais imperdoáveis. O primeiro dia que pisei no hospital fiquei muito triste e chateado”, completou. Reple Sobrinho garantiu que a prefeitura vai acionar a construtora para que tudo seja consertado.

“A construtora é responsável por um período de cinco anos. A antiga gestão não fez isso, mas nós vamos fazer”, finalizou.
Ainda de acordo com o secretário, além do problema com o piso, o hospital tem apenas 30% de capacidade de produção de água quente. “E a gente precisa de água quente para tudo. Para banhos, para fazer comida. Sem isso, sem que todos os andares tenham água quente, não poderemos aumentar a capacidade de atendimento”, pontuou.

Em outubro, logo após ser eleito, o prefeito Orlando Morando (PSDB) garantiu que o hospital funcionaria com 100% da capacidade. Em entrevista ao SPTV, o tucano afirmo que apenas 12% do equipamento estava sendo utilizado. Depois da posse, no dia 06 de janeiro, o chefe do Executivo fez vistoria no HC e relatou que 60% dos leitos estavam desocupados. “Estamos tentando equacionar esses problemas. Vamos começar pelo piso para que ele possa ser utilizado na sua totalidade”, finalizou.

A administração pretende pedir ajuda ao governo estadual para que a capacidade do hospital seja ampliada. O HC é administrado pela Fundação ABC e tem cerca de 1.100 funcionários, sendo 350 terceirizados. O custo mensal é estimado em R$ 7 milhões. De acordo com informações divulgadas pela gestão passada, o equipamento tem 293 leitos, dos quais 197 destinados à internação e 96 complementares, sendo 60 para a UTI (20 pediátricos e 40 adultos), 29 para Recuperação Anestésica e sete leitos de Hospital Dia.

A capacidade da unidade, considerando seu funcionamento pleno, é para realizar mensalmente cerca de 10 mil consultas, 1,5 mil internações e 1,5 mil cirurgias. A obra contou com mais de R$ 140 milhões em investimentos federais, estaduais e municipais.

Urgência

Apesar dos problemas com o Hospital de Clínicas Municipal José Alencar, a Secretaria de Saúde vai dar continuidade à construção do Hospital de Urgência, que está sendo executada. “É outra coisa, financiamento do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). Não posso usar o recurso para outro equipamento. A obra está em andamento e não será interrompida, porque nesse primeiro momento não tem dinheiro do município”, explicou o secretário.

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