A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) atendeu, ontem (26), à solicitação do Comando Nacional dos Bancários e confirmou nova rodada de negociações para hoje (27), às 14h, na Capital.
A paralisação dos bancários entra hoje no 22º dia, superando o número de dias parados (21) no ano passado.
Os bancários reivindicam a reposição da inflação acumulada no período da data-base (9,62%) mais aumento real de 5%.
A Fenaban oferece aumento de 7% mais o pagamento de abono de R$ 3.300. Essa proposta foi apresentada no dia 9 – três dias após o início da greve – e foi considerada insuficiente pela categoria, porque não cobre a inflação.
Ontem, 13.420 agências e 33 centros administrativos tiveram as atividades paralisadas no país, segundo balanço da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). O número representa 57% dos locais de trabalho.
No ABC, 389 agências ficaram fechadas ontem, com 6.570 bancários em greve, de um total de 6.600 que compõem a categoria na região.
“Esperamos que (os bancos) entendam que não queremos que nossos salários sejam reduzidos e que os empregados precisam ser valorizados”, disse o presidente da Contraf-CUT, Roberto von der Osten.
Os transtornos mais significativos para a população devem começar agora. Ontem, o INSS iniciou o pagamento dos benefícios de setembro aos segurados que recebem até um salário mínimo. Essa é uma parcela da população que costuma ir à agência com frequência.