
O preço médio que consumidores do ABC estão dispostos a pagar por presente neste Dia das Crianças é de R$ 120. A queda nominal atinge 18%. Considerada a inflação de 4,48% nos últimos 12 meses até julho, a variação real para baixo é de cerca de 22%, segundo Pesquisa de Intenção de Compra (PIC) realizada pela Universidade Metodista de São Paulo.
Pela ordem, filhos, sobrinhos e primos estão na lista de lembranças, por isso o gasto médio com vários presentes chegará a R$ 203. Em 2017, esse valor correspondeu a R$ 257, queda real de 24% no tíquete médio coletivo. A mesma redução de 24% deve ocorrer com a movimentação comercial das sete cidades da região para a data, prevista em R$ 71 milhões.
“Diante das expectativas com os rumos da economia e da política em ano eleitoral, o preço e o gasto médio com presentes neste ano estão menores. Destaca-se o clima de incertezas nos negócios diante do atual cenário, freando as decisões de investimentos e impactando diretamente no mercado de trabalho”, destacou o professor de Ciências Econômicas e pesquisador do Observatório Econômico da Metodista, Moisés Pais dos Santos.
Com 2,7 milhões de habitantes e refletindo parque industrial em constante enxugamento, o ABC sofre mais com o desemprego. Em julho a taxa foi de 18,2% da População Economicamente Ativa (PEA), para 17% na Região Metropolitana e 16,2% na Capital, segundo a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), do Seade/Dieese.
Para os meninos, os presentes mais procurados deverão ser vestuários/calçados (12%), seguidos por carro/moto/avião de controle remoto (11%), carro/moto de brinquedo (11%), bola (10%), jogos educativos (9%) e bicicleta (7%). Já para as meninas os presentes de maior interesse são boneca (29%), vestuários/calçados (13%), maquiagem (9%), jogos educativos e livros (5%).
Os estabelecimentos preferidos para compras são shopping (38%), comércio do centro da cidade (31%), internet (14%) e comércio de bairro (5%). A pesquisa ocorreu entre 3 e 23 de setembro, resultando em 430 questionários validados.
CRESCIMENTO
A expectativa da Associação Comercial e Industrial de São Bernardo (Acisbec) vai de encontro com a pesquisa. Em função do forte apelo emocional junto ao público infantil e dos sinais de melhora na economia, a associação projeta crescimento de até 8% nas vendas no comércio varejista do município.
“Esta data também é marcada pelo período de lançamentos de produtos para o Natal. Ainda que o consumidor tenha percebido uma reação lenta da economia e do emprego, já é um incentivo para aumentar o movimento no varejo”, destacou o presidente da ACISBEC, Valter Moura.