Histórias da gente

Família Finotelli: ‘Banco do Povo foi a luz no fim do túnel’

Hoje, a Cacau Ouro Negro atende 250 estabelecimentos, conta com quatro funcionárias e pretende, nos próximos 6 meses, contratar mais quatro e comprar um carro. Produz e vende cerca de uma tonelada de chocolate por mês. Foto: Divulgação
Hoje, a Cacau Ouro Negro atende 250 estabelecimentos, conta com quatro funcionárias e pretende, nos próximos 6 meses, contratar mais quatro e comprar um carro. Produz e vende cerca de uma tonelada de chocolate por mês. Foto: Divulgação

Desde 2017, a família Finotelli vivia da venda de chocolates e trufas que traziam de Campos do Jordão para vender em eventos e empresas de Diadema. Fernando e a esposa Juliana chegaram a atender cerca de 90 empresas, montando lojinhas temporárias nos eventos corporativos mês a mês. Aos poucos, foram percebendo que, ao trazer a produção dos chocolates para Diadema, poderiam lapidar melhor o produto, de acordo com a necessidade de cada cliente, e aumentar a margem de lucro. A filha Giovana passou a ajudar e eles até contrataram alguns funcionários.

Aí veio a pandemia. Os eventos sumiram, as empresas entraram em home office e os Finotelli  só viram crescer as dívidas, os estoques e a preocupação com o futuro. A empresa quebrou, os funcionários foram demitidos, tiveram de entregar o espaço que ocupavam e voltar para um quartinho da casa.

“Paramos um tempo para refletir e ver o que iríamos fazer”, contou Fernando. “Como os mercados e padarias eram os poucos lugares que continuavam abertos, fomos nesses locais oferecer nosso produto e gostaram. Fechamos com uma empresa, depois duas, três… A gente começou a ter uma quantidade boa de clientes que foi ficando impossível de atender do quartinho que usávamos em casa, só eu, minha mulher, minha filha, produzindo, embalando, etiquetando, entregando. Tudo que entrava virava chocolate. Porém, precisávamos investir mais. Um dinheiro que a gente não tinha.”

Banco do Povo

“A luz no fim do túnel veio do Banco do Povo”, completou Juliana, sem esconder o sorriso. “Depois de ouvir muitos ‘nãos’ de todos os bancos, descobrimos o microcrédito a taxas super baixas e corremos atrás. Pelo WhatsApp nos passaram a lista de documentos, responderam nossas dúvidas, tudo muito simples. Conseguimos R$ 15 mil. O que era impossível de repente se tornou viável.”

A família pegou todo o empréstimo, colocou em chocolate e começou a trabalhar esse valor para de R$ 15 mil virar R$ 30 mil e, depois, R$ 60 mil. Era esse lucro que entrava que ia pra empresa – foi para o aluguel de uma nova sala, mobiliário, eletrodomésticos, computador, impressora… “O empréstimo de R$ 15 mil, virou R$ 100 mil no primeiro mês”, afirmou Fernando. “Com esse dinheiro, nos estruturamos e voltamos a contratar. Com a possibilidade de produzir mais, podíamos atender novos pedidos porque sabíamos que daríamos conta. O empréstimo do Banco do Povo nos deu segurança para crescer.”

Hoje, a Cacau Ouro Negro atende 250 estabelecimentos, conta com quatro funcionárias e pretende, nos próximos seis meses, contratar mais quatro e comprar um carro. Produz e vende cerca de uma tonelada de chocolate por mês.

Como conseguir o microcrédito

O primeiro passo é procurar o Banco do Povo diretamente no Poupatempo ou pelos canais de comunicação: o telefone 4057-8037, que também é WhatsApp. Basta mandar uma mensagem para receber o passo-a-passo, tirar dúvidas e receber orientações sobre o melhor microcrédito de acordo com a sua necessidade. Não precisa ter empresa aberta ou regularizada, uma vez que o Banco do Povo é uma política que visa o fomento e o desenvolvimento de pequenos e micronegócios.

“Então, mesmo se a pessoa trabalha informal ou tem apenas uma ideia e nem tem empresa ainda constituída, o Banco do Povo dá aporte para que essa ideia se viabilize”, destaca o agente de crédito Marcos Vinícius Alves de Oliveira. “Basta que o empreendimento seja em Diadema e não tenha o CNPJ ou o CPF inscrito no Cadin ou no Serasa, que as portas do Banco do Povo estarão abertas para vocês. Pode ser MEI, microempresa, informal, cooperativas ou associações, autônomo ou pequeno produtor rural.”

Gislaine Ramanzotti, também agente de crédito do Banco do Povo em Diadema, aponta que além de liberar o crédito, o banco ajuda a gerenciar esse valor: “Umas das exigências para a liberação do empréstimo é o empreendedor fazer um curso do Sebrae, o Empreenda Rápido, que ensina sobre marketing, preços, finanças, vendas, organização. Tudo de forma gratuita, para que ele aprenda a gerenciar o próprio negócio e o recurso solicitado, otimizando suas finanças e gerando negócios para a cidade.”

No momento, há duas linhas de créditos disponíveis:

Para empreendedores informais: Até R$15 mil, com taxa de juros de 0,80% ao mês, mais 1% de Taxa de Sustentabilidade, podendo o financiamento ser parcelado em até 24 meses, dependendo do destino de recuso;

Para empreendedores formais: Até R$21 mil, com taxa de juros de 0,35% ao mês, 1% de Taxa de Sustentabilidade, mais Fundo de Aval, podendo o financiamento ser parcelado em até 36 meses, dependendo do destino do recurso.

Serviço: 

Banco do Povo de Diadema

Telefone/Whatsapp: 11 4057-8037

E-mail: diadema@bancodopovo.sp.gov.br

Endereço: Poupatempo – Rua Amélia Eugênia, 397, Centro, Diadema

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