As mudanças climáticas causadas pelas emissões de gases de efeito estufa começaram a afetar o ecossistema global em diferentes níveis, inclusive econômicos. A empresa S&P Global publicou um relatório, divulgado na agência Reuters, em que consta a relação entre o aquecimento global e a perda de 4% da produção econômica anual em todo o mundo até 2050. A estimativa é que países pobres próximos à linha do Equador e os dependentes do setor agrícola sejam alguns dos que mais sofrerão os efeitos econômicos dessas mudanças.
O cenário para o futuro se revela ainda menos otimista quando se refere às espécies de plantas. O relatório do World Resources Institute (WRI) considerou a elevação da temperatura média global e concluiu que, caso ocorra um aumento superior a 2ºC, até o final deste século, mais de 15% da flora mundial deixará de existir. Atualmente, 8% já estão em risco elevado de extinção.
Cenário brasileiro
Entre os fatores que colocam em risco o meio ambiente, estão o desmatamento, queimadas, poluição de rios, solo e ar e, até mesmo, a caça predatória. O Brasil carrega a triste classificação de ser o 4º país da América do Sul que mais desmata e queima suas áreas verdes.
Segundo dados da Global Forest Watch, cerca de 1,5 milhão de hectares de mata nativa foram perdidos, devido aos incêndios nacionais. Só nos quatro primeiros meses de 2022 as queimadas aumentaram em 95% no Amazonas, conforme divulgado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Perder a biodiversidade traz impactos mais duros para a humanidade do que se possa imaginar. Isso porque as alterações nos ciclos da flora e fauna aceleram o surgimento de novas pragas de doenças em cultivos, diminuição na oferta de água doce e, por fim, geral comprometimento dos estoques de alimentos. É a partir dessas consequências que tem-se falado, cada vez mais, em medidas para reduzir os danos causados ao meio ambiente.
Como diminuir os impactos?
A ação humana, por si só, desencadeia relações de causa e efeito nos ecossistemas. Porém existem condutas que contribuem para o equilíbrio ambiental e para a redução da emissão de gases de efeito estufa. Enquanto sociedade civil, cada cidadão pode contribuir ao fazer uso consciente dos recursos naturais, especialmente da água; preferir produtos com embalagens biodegradáveis; fazer a separação de lixos orgânicos e recicláveis; e se tornar um consumidor sustentável.
Sendo a sustentabilidade um conceito que abrange economia, desenvolvimento e meio ambiente, uma pessoa que toma a decisão de realizar compras conscientes geralmente vai optar por versões eco, reutilizáveis ou seminovas. Como é o caso da escolha de um veículo, onde pode-se, por exemplo, escolher um automóvel em um leilão de caminhão, de moto ou carro que esteja em boas condições de uso e com preço acessível. Outra forma é atualizar o guarda-roupa com peças de brechó ou feitas a partir de materiais eco sustentáveis.