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Em Santo André, Grana e Paulinho iniciam transição de governo

Primeira reunião para transição entre o governo de Grana e Serra. Foto: Divulgação/PSA

O processo de transição de governo em Santo André foi iniciado na manhã de ontem (8), em reunião entre o prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT), e o eleito, Paulo Serra (PSDB). A saúde financeira do Paço pautou o primeiro encontro entre os candidatos que rivalizaram durante o segundo turno da eleição municipal. Além das dívidas com precatórios, a próxima gestão deverá administrar pendências com fornecedores e empresas terceirizadas.

“Tem a preocupação com a continuidade dos serviços mais essenciais para que não haja interrupção e também com o aspecto orçamentário e financeiro. Protocolamos um requerimento solicitando informações de todas as áreas para que a gente possa fazer a transição da forma mais transparente e dentro da ótica de que a cidade não pode parar”, informou Serra na ocasião, acrescentando que a palavra de ordem é “transparência” no processo de transição.

Grana afirmou que trabalhará para que o novo governo assuma o poder em “melhores condições” do que quando foi empossado, em 2013. Na época, a transição entre Grana e o ex-prefeito Aidan Ravin (PSB) foi baseada em apenas dois encontros. “A eleição terminou no dia 30 e agora nos cabe criar as melhores condições para que a nova administração assuma. Estarei aqui para fazer a transmissão de cargo e vamos trabalhar no sentido de fazer um processo respeitoso. Na posição de oposição, vamos torcer para que dê tudo certo”, disse o petista.

A previsão é que o processo de troca de governo seja concluído até 15 de dezembro. A comissão de Grana será composta pelo Secretário de Governo, Arlindo José de Lima; por Alberto Alves de Souza, de Finanças e Orçamento; Antônio Leite, de Administração, e por Mylene Gambale, adjunta de Assuntos Jurídicos. A equipe de Paulo Serra contará com a coordenação do advogado Leandro Petrin e será composta por Ana Claudia Cebrian Leite e Ajan Marques de Oliveira.

 

Diante da crise financeira que atingiu os dois últimos anos de sua gestão, Grana afirmou que ainda não há estimativa do valor que deixará como “restos a pagar” para o próximo prefeito. O petista, porém, relembrou que herdou dívida de R$ 1,5 bilhão da última gestão, mas que conseguiu manter “padrão” de pagamento, principalmente em relação a precatórios. “Conseguimos abater cerca de R$ 300 milhões, com pagamento de R$ 6 milhões por mês em precatórios. Mesmo assim é uma dívida que deve ultrapassar a gestão do Paulo”, disse.

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