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Em S.Bernardo, CPI ouve Glória Konno e aprova quebra de sigilo bancário de Miraglia

Glória disse que o Imasf apresentava problemas financeiros quando assumiu a presidência. Foto: Divulgação/Oscar JupiracyA Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga possíveis irregularidades no Instituto de Municipal de Assistência à Saúde do Funcionalismo de São Bernardo (Imasf) aprovou ontem (16) pedido de quebra de sigilo bancário do ex-superintendente da autarquia, Valdir Miraglia. O requerimento foi avalizado após a atual responsável, Glória Konno, prestar depoimento à comissão e afirmar ter herdado o instituto com dívidas, ao contrário do declarado pelo antigo gestor em oitiva realizada no final do mês passado.

Durante seu depoimento, Glória sustentou que o instituto já apresentava problemas financeiros quando assumiu a presidência da autarquia em meados de setembro do ano passado. De acordo com a CPI, Miraglia teria assumido o instituto com superávit de R$ 60 milhões e deixado o comando da autarquia sem recursos em caixa devido a intervenções e procedimentos implementados durante sua gestão. O antigo gestor do instituto, no entanto, nega ter deixado dívidas para a sucessora.

“Analisamos os balancetes e constatamos que a receita era menor do que a despesa, com déficit que variava entre R$ 1 milhão e R$ 1,5 milhão por mês. Quando começamos a levantar as informações financeiras do Imasf, isso nos assustou. Quando se tem a despesa maior do que a receita é preciso tomar atitude urgente para não deixar a dívida crescer ainda mais”, afirmou Glória Konno à CPI.

Entre as medidas para conter o crescimento do passivo adotadas pela atual superintendente figura o encerramento do contrato no valor de R$ 12 milhões firmado com o Instituto Acqua destinado à prestação de serviços de atendimento ambulatorial, enfermagem, auditoria médica e internação domiciliar. À época de sua assinatura, o acordo havia sido alvo de críticas por parte da Câmara, uma vez que a empresa era investigada pelo Ministério Público (MP).

Hoje, os mesmos serviços são prestados pela Fundação ABC, que assinou contrato de R$ 5 milhões com o Imasf em maio deste ano. “Na medida do possível estamos tentando reduzir essa dívida. Em maio já a havíamos reduzido para R$ 4,8 milhões”, disse Glória.

Mais convocações
Os integrantes da comissão também avalizaram ontem o pedido de convocação do diretor-presidente o Instituo Acqua, Ronaldo Querodia, para às 13h da próxima segunda-feira (21), além do requerimento para prestação de esclarecimentos por parte da diretora financeira do Imasf, Miriam Melo, e do responsável pela contabilidade da autarquia, José Ortega.

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