Autoridades da Alemanha confirmaram ontem (22) que as digitais do tunisiano Anis Amri, 24, foram encontradas na porta do caminhão usado no ataque a um mercado de Natal em Berlim no início da semana que deixou 12 mortos. “Podemos dizer hoje que o suspeito é muito provavelmente o responsável pelos ataques”, disse o ministro do Interior, Thomas de Maizière.
A chanceler Angela Merkel disse esperar que o autor do ataque seja preso em breve. Foi o maior ataque em solo alemão desde 1980. O suspeito fugiu e é procurado pelas autoridades do país, que emitiram uma ordem europeia de detenção. Ele estaria à solta e armado. Apartamentos em Berlim e em Dortmund foram revistados.
As autoridades encontraram no caminhão os documentos dele, que usa diversos nomes e também as cidadanias de Egito e Líbano. A milícia terrorista Estado Islâmico assumiu a autoria do atentado em uma nota divulgada por um de seus canais de propaganda.
Não está provado, no entanto, que a facção teve um papel ativo no ataque. A ação pode ter sido apenas inspirada pela organização. O restante da Europa segue em alerta e incrementando a segurança de outros mercados natalinos. Há receios de que o Estado Islâmico planeje outros ataques, enquanto perde território no Iraque.
A feira de Natal, local do ataque de segunda-feira (19), voltou a funcionar nesta quinta. “A decisão foi tomada em estreita coordenação com as autoridades”, afirmam os administradores.