
Diadema foi selecionada para a segunda etapa do Prêmio Atenção Primária de Saúde Forte para o SUS: Acesso Universal, iniciativa da Organização Panamericana de Saúde /Organização Mundial de Saúde (OPAS/OMS), em parceria com o Ministério da Saúde (MS), que premia experiências positivas de municípios e estados. O resultado parcial foi divulgado no dia 19.
Esta é a primeira edição do prêmio que traz como tema central o acesso, dividido em sete linhas temáticas. O objetivo é valorizar, sistematizar e divulgar experiências que ampliam o acesso do cidadão ao SUS.A cidade inscreveu o projeto “Acessibilidade, absenteísmo e vulnerabilidade social: desafios que as Equipes de Saúde Bucal da Estratégia Saúde da Família de Diadema superaram com a utilização da “Colmeia””, e concorreu com 1.293 ações de todo o país.
Para a segunda etapa foram selecionadas 135 experiências positivas. Dessas, 26 são do Estado de São Paulo e Diadema foi a única do ABC a ir para a fase final.
“A Organização Pan Americana da Saúde, nesta primeira classificação dos trabalhos brasileiros mais relevantes no âmbito da Saúde Pública, reconhece o êxito das programações do sistema municipal de Saúde de Diadema, principalmente aquelas que se referem à qualidade da atenção proporcionada pelas Equipes Saúde da Família/Saúde Bucal, na garantia do acesso da população aos serviços de saúde”, destacou o secretário de Saúde, Luís Cláudio Sartori.
Segundo o secretário, a classificação do município também traduz a importância atribuída à Atenção Básica, entendida como a porta de entrada prioritária e coordenadora da atenção no sistema municipal de saúde.
O PROJETO
O projeto apresentado conta a experiência da rede municipal que reorganizou o acesso das famílias ao tratamento odontológico, utilizando métodos de monitoramento, promovendo equidade no acesso ao serviço com participação da equipe, garantindo efetividade e eficiência, como foco na resolução do sofrimento, levando em conta as necessidades e prioridades da população.
A rede municipal – que conta com 63 equipes de Saúde bucal – identificou que um dos grandes problemas era a adesão ao tratamento das famílias mais vulneráveis e com mais necessidade de tratamento. Das 8.298 famílias convidadas para tratamento odontológico em 2018, 3.765 estavam em situação de vulnerabilidade, representando 45,37% do total. Com a reorganização do atendimento houve diminuição de 16,24% das urgências, aumento de 18,57% nas primeiras consultas programáticas e de 41,80% nos procedimentos individuais.