
O vereador de São Bernardo Rafael Demarchi, em segundo mandato, assumiu o comando do PSL na cidade e prepara candidatura a prefeito com chapa completa de vereadores. Confira trechos da entrevista ao Diário Regional.
Hoje vivemos uma onda de preocupação com o coronavírus.
A situação é muito preocupante. Na verdade, o mais grave não é a mortalidade do vírus, mas sim, a contaminação, que é muito rápida e o perigo está nisso. Não teríamos capacidade – nenhum país tem – de tratarmos toda uma população, e isso deixaria o sistema de saúde sobrecarregado e pessoas acabariam morrendo de outras doenças, por não ter vaga de atendimento. Precisamos impedir o contágio do corona.
O SUS está preparado para enfrentar essa situação do covid-19?
O sistema está preparado sim, mas se a epidemia se alastrar muito no país não teremos condição alguma de atender a todos os infectados. Por isso a necessidade da população se cuidar, restringir saídas até que o pior passe. É um momento de prevenção e cuidado com as crianças e com os idosos.
Falando em política, o senhor é pré-candidato a prefeito.
Estamos construindo isso. Ninguém é pré-candidato de si mesmo. Porém, estamos construindo essa candidatura com um grupo de pessoas da cidade que não querem nem PT e nem PSDB. Há espaço sim, e meu nome tem aparecido como alternativa ao passado e ao presente.
Já tem chapa de vereadores?
Estamos remontando o PSL em São Bernardo e trazendo pré-candidatos que queiram ajudar a mudar nossa cidade. Temos uma chapa quase completa de candidatos a vereador e vereadora.
O senhor corre na mesma raia do prefeito Orlando Morando (PSDB). Como analisa a situação?
Acho que, na verdade, não corro na mesma raia. Quem vota do Orlando, vota no Orlando, quem vota no Marinho, vota no Marinho. Estou buscando as pessoas insatisfeitas com a política atual e que querem algo diferente. Algo que saia da disputa dos últimos 16 anos. Temos de dar opção à população que não quer votar no PSDB e nem no PT. Há tempos venho dizendo que o caminho é uma São Bernardo mais humana. Precisamos olhar para as pessoas, seus anseios, necessidades e suas diferenças.
Hoje há uma radicalização da política. Como analisa isso?
Acho que radicalizar é ruim. Precisamos ter coerência em nossas posições. Eu, por exemplo, tenho valores que defendo e não abro mão, mas sei que se for eleito prefeito, vou governar para todos. Não preciso abrir mão dos meus valores e convicções para isso, e devo respeitar e governar também para aqueles que pensam diferente de mim.
Acredito que a política é uma construção diária por meio do diálogo e busca de soluções. Para atender os anseios e necessidades da população não precisamos abrir mão de nossos princípios e valores. É possível ganhar e fazer as mesmas coisas de forma diferente sem nunca perder que o principal é o ser humano, o cidadão.
Como o senhor analisa o panorama político de São Bernardo?
Acho que a cidade precisa fugir da polarização entre PT e PSDB. São Bernardo é muito grande para termos apenas duas candidaturas ao Executivo, e sabemos da rejeição tanto de um como do outro. Sou um dos maiores incentivadores que tenhamos mais candidaturas a prefeito. Há outras pessoas com boa índole, capazes e também querem o melhor para a nossa cidade.
Como o senhor analisa os cenários políticos nacional e estadual?
Acho que o mundo passa um momento muito turbulento, política e economicamente falando e isso tem afetado diretamente tanto a política como a economia no Brasil. Creio que o governo Bolsonaro tem muito a crescer ainda, pois conta com ministros competentes para ajudar nisso. Acredito, ainda, que o Brasil crescerá apesar de todos os entraves.
Já no governo estadual, meu desejo é que João Doria (PSDB) melhore e faça uma gestão que ajude a população de São Paulo. Não foi meu candidato e não será em 2022. (Reportagem Local)