A FCA Fiat Chrysler vai investir R$ 500 milhões em uma nova fábrica de motores inéditos que serão produzidos no complexo do grupo em Betim (MG), a partir do último trimestre do próximo ano. Os novos propulsores terão tecnologia turbo flex em versões 1.0 e 1.3 e vão equipar os lançamentos do grupo. Em comparação às motorizações convencionais, são mais eficientes e cerca de 8% mais econômicos.
A nova linha será instalada ao lado do prédio no qual já funciona a fábrica de motores aspirados e vai gerar 1,2 mil empregos, sendo 300 na Fiat, que emprega atualmente 16 mil funcionários, e os demais em fornecedores de componentes.
O anúncio foi feito ontem (22) na fábrica de Betim pelo presidente mundial da FCA, Mike Manley, em sua primeira visita após assumir o cargo no ano passado, depois da morte do então presidente Sergio Marchionne. Também estavam presentes o presidente do conselho global da empresa, John Elkann, e o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), entre outras autoridades.
“Esse investimento faz parte de um plano maior que vai até 2024 e prevê 25 lançamentos (de veículos)”, afirmou Manley. Desse total, 15 serão produzidos em Betim, dos quais dois ou três serão utilitários esportivos (SUVs), segmento no qual a Fiat ainda não atua. Hoje, essa categoria é feita apenas pela Jeep na fábrica de Goiana (PE).
O montante está inserido no plano de R$ 16 bilhões em investimentos previstos pelo grupo de 2018 a 2024.
Do plano total, R$ 8,5 bilhões estão sendo gastos na fábrica de Betim e o restante na de Goiana (PE), onde são produzidos os modelos da Jeep (os SUVs Renegade e Compass) e a picape Fiat Toro. Segundo o executivo, boa parte dos novos motores turbo será exportada para a Europa, que já importa propulsores convencionais produzidos no Brasil.