O Corinthians anunciou ontem (14) o acerto com o técnico Oswaldo de Oliveira, 65 anos, para substituir Cristóvão Borges, demitido após o clássico contra o Palmeiras, em setembro. Desde então, Fábio Carille dirigiu o time interinamente.
“No Corinthians não tenho desafio, tenho prazer. Estou aqui de corpo e alma, emocionando por voltar a esta casa”, afirmou o novo comandante corintiano.
A confirmação de Oswaldo foi feita dois dias depois que o técnico carioca pediu demissão do Sport e que o presidente Roberto de Andrade negou qualquer acerto.
Fábio Carille volta ao cargo de auxiliar fixo da comissão técnica, após comandar a equipe em quatro partidas do Campeonato Brasileiro, com uma vitória, um empate e duas derrotas, além de duas vitórias na Copa do Brasil.
Oswaldo de Oliveira foi cotado pelo presidente corintiano para assumir o time em duas ocasiões. Quando planejava a reposição de Mano Menezes, Andrade se dividiu entre Tite e o próprio Oswaldo, mas optou pelo primeiro. Recentemente, antes de contratar Cristóvão Borges, também avaliou a possibilidade de tirar o comandante do Sport.
Oswaldo iniciou sua carreira de treinador no Corinthians em 1999 e teve desempenho excelente. Conquistou um Paulista, um Brasileiro e, no ano seguinte, faturou o Mundial de Clubes da Fifa.
Em 2004, o técnico retornou ao clube, mas, com aproveitamento de apenas 37,5%, saiu após quatro meses.
Desde as taças conquistados com a equipe alvinegra, Oswaldo não ganhou mais títulos nacionais no Brasil. No Sport desde abril, comandou a equipe em 33 jogos, com nove vitórias, nove empates e 15 derrotas.
Contratação causa racha na cúpula do clube; diretor de Futebol pede demissão
A contratação de Oswaldo de Oliveira causou racha na cúpula do Corinthians. Pouco antes do anuncio do novo treinador, o diretor de Futebol Eduardo Ferreira pediu demissão.
Integrante da diretoria do clube desde o início do mandato do presidente Roberto de Andrade, em fevereiro de 2015, Ferreira deixou o cargo por não concordar com a chegada de Oswaldo.
Eduardo já havia mostrado a intenção de deixar o cargo no final do ano, mas decidiu antecipar sua saída por não ter participado da decisão de contratar o técnico.
O diretor tem como seu padrinho dentro da política do clube o ex-presidente Andrés Sanchez, que também foi contrário à contratação.
O diretor tem sido alvo de protestos e reclama de perseguição por ter ligação com organizados – foi membro da Gaviões da Fiel.