
No mês em que comemora 66 anos de fundação, a Coop anunciou a revitalização de sua marca, que traz nova identidade visual e verbal. Desenvolvido pela área de Marketing da cooperativa em parceria com a consultoria Interbrand, a remodelagem demandará investimento de R$ 25 milhões e será concluída no prazo de três a cinco anos, tempo necessário para a atualização de fachadas e interior de supermercados e farmácias, bem como do portfólio de produtos e serviços.
O atual logo foi criado em 1997 e seu lançamento coincidiu com a mudança de nome da cooperativa, de Cooperhodia para Coop. O estudo de rebranding – nome dado pela área de Marketing à reestruturação – começou em agosto do ano passado e teve como principais mudanças a modernização da marca-mãe e a criação de marcas próprias para supermercados e drogarias, acompanhando o desmembramento dos negócios já feito pela cooperativa.
A primeira unidade a receber a nova identidade visual foi a drogaria instalada na rua Djalma Dutra, em São Bernardo. “Nosso objetivo com a revitalização é transmitir para o público externo, de forma mais direta e contemporânea, o jeito de ser da cooperativa”, disse o presidente executivo da Coop, Marcio Valle, durante entrevista coletiva concedida na última quinta-feira (22).
Segundo o executivo, a revitalização também visa “rejuvenescer a marca, mas sem perder a tradição” da cooperativa, reconhecida por receber público de mais idade.
“O cliente da Coop tem idade média mais alta do que o padrão do mercado, porque o ciclo como cooperado é muito longo. Não temos forte poder de atração para jovens, mas a idade média dos novos associados está em 36 anos, o que é um perfil interessante para a cooperativa, porque permite vislubrar longo tempo de permanência”, explicou Valle.
APLICATIVO
A cooperativa também lançou o aplicativo Sempre Coop, já disponível para sistemas Android e IOS. Entre as funcionalidades figuram o Coop Retira (serviço que permite a compra no celular e a retirada dos produtos na loja), ofertas personalizadas e a lista de endereços das lojas físicas integrada a apps de navegação.
Cooperativa vai investir R$ 150 milhões em 2021
As incertezas quanto a retomada da atividade econômica em meio à pandemia do novo coronavírus não impediram a Coop de projetar com “leve otimismo” o próximo ano. Prova disso é que a cooperativa planeja investir R$ 150 milhões em 2021.
O plano prevê a abertura de seis supermercados dotados de drogarias – os quais, no planejamento original, estavam previstos para 2020. Uma das lojas tem endereço conhecido: será instalada em São Caetano, em terreno que abrigou a Brasinca.
Além disso, a cooperativa planeja abrir seis drogarias de rua e iniciar a operação de oito farmácias em lojas do Grupo Big Brasil – que, por questões estratégicas, desistiu de sua operação no canal farma.
O acordo com o Grupo Big prevê que a cooperativa assuma 22 drogarias, das quais 14 devem ser reabertas ainda neste ano. Será a estreia da Coop em municípios como Barueri e Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo; e Presidente Prudente e Ribeirão Preto, no Interior do Estado.
“É um plano bastante ambicioso em termos de execução. Nunca tivemos tantos pontos de venda abertos em um ano só, mas temos expectativa de fazer acontecer”, afirmou o presidente executivo da Coop, Marcio Valle.
O executivo ressaltou, porém, que a expansão no segmento de drogarias para novos municípios não será acompanhada, no primeiro momento, de abertura de supermercados. O foco continua a ser “defender o share (participação de mercado) obtido no ABC”, que é o berço da cooperativa, e crescer no Interior em cidades onde já possui unidades (Sorocaba, Piracicaba, Tatuí e São José dos Campos) ou nos arredores.
O plano prevê ainda o aporte de R$ 30 milhões em sistemas informatizados de gestão.
Valle afirmou que, neste ano, o faturamento do negócio supermercado da cooperativa deve crescer “5% acima do previsto” – desempenho que o executivo atribuiu, principalmente, ao aumento do consumo de alimentos e produtos de limpeza viabilizado pelo pagamento do auxílio emergencial. Disse ainda que a recuperação da atividade econômica em 2021 dependerá do comportamento do emprego e da renda, das medidas a serem adotadas pelo governo para conter a deterioração fiscal e da evolução da pandemia.