
O líder de governo de Diadema, vereador Sérgio Ramos Silva, o Companheiro Sérgio (Cidadania), em visita ao Diário Regional, afirmou que objetivo para este ano é a reeleição em outubro e a manutenção do atual governo à frente da prefeitura. O parlamentar destacou o bom trabalho da gestão Lauro Michels (PV) e rechaçou a criação de nova taxa de lixo. Confira os principais trechos da entrevista.
Como o senhor analisa seu mandato?
Meu mandato é atuante, no qual honro a quem o me confiou. Venho propondo projetos de lei que vão ao encontro dos anseios da população, em benefício das famílias de baixa renda, em especial aos moradores dos núcleos habitacionais.
Como vê o cenário político em Diadema?
Estamos trabalhando para dar continuidade no trabalho que estamos fazendo na cidade de Diadema. Pretendemos a sucessão de um governo que está há quase oito anos trabalhando para atender às necessidades da população. Cremos em Deus que em outubro daremos continuidade tanto em meu mandato como vereador, quanto no governo que estamos defendendo.
Como o senhor avalia o desenvolvimento da região?
Em relação ao ABC, vemos que está ocorrendo a volta do crescimento da economia. Recentemente, região figurou entre as sete grandes cidades que geraram mais empregos. Está avançando. Estamos acreditando que dentro de um a dois anos vamos voltar ao mesmo patamar de 2012. Economia crescendo, mais geração de emprego e de renda.
Qual a expectativa de seu partido em relação à eleições deste ano?
Queremos continuar no rumo certo. Elegemos três vereadores na última eleição e queremos eleger muito mais, para fazermos uma bancada forte de sustentação ao próximo governo que virá.
O Brasil, em geral, vive uma polarização política de extremos. Trazendo esse cenário para o ABC e a Diadema, como o senhor analisa essa questão, inclusive com a filiação do vereador e pré-candidato ao Paço Ricardo Yoshio ao PSDB?
A polarização se dará entre o candidato do governo e a oposição. Estamos preparados para levar as nossas propostas, o povo vai reconhecer, as urnas vão falar e dar o direito do governo continuar o bom trabalho que vem executando para a população.
A saúde é uma das áreas que recebe mais críticas da população em relação de mau funcionamento das Unidades Básicas de Saúde, falta de equipamentos e demora para exames.
Temos um grande problema na saúde, principalmente no HM (Hospital Municipal), que não vem recursos federais devido à cidade não ter a titularidade da área. A cada R$ 10 investidos no setor, R$ 8 são do município e R$ 2 do governo federal. Temos de mudar esse cálculo. Nosso hospital é regional, que atende a demanda do entorno inteiro da cidade. Precisamos lutar para construir o novo hospital e ter a titularidade dele, a fim de podermos angariar mais recursos federais e dar uma resposta à população na área da saúde.
Houve a divulgação na mídia de que a prefeitura perdeu o prazo para entrega de documentos visando ao repasse de R$ 70 milhões do governo federal para a implementação do novo hospital municipal.
Não houve perda de prazos. Todos os documentos foram entregues. Falta só a questão da titularidade da área na Oriente Monti, em frente ao poliesportivo. Esse imóvel tem R$ 32 milhões em dívida (junto ao município) e vale R$ 11 milhões. Está sendo resolvido esse problema a fim da posse vir para Diadema. Não perdeu nada. Quando tiver esse documento de titularidade esse recurso vem, pois está garantido junto ao ministério.
Ocorreu polêmica sobre o convênio com a Sabesp para destinação correta de resíduos sólidos, a qual resultaria em nova taxa de lixo, segundo postagens nas redes sociais. A prefeitura afirma que não haverá nova cobrança. Sendo líder do governo, como o sr. vê essas notícias falsas?
Existe uma lei que prevê o convênio entre o município e a Sabesp para destinação correta aos resíduos sólidos. Uma lei que todos os municípios deveriam ter. Com esse projeto inovador, estamos sendo pioneiros nessa questão. A Sabesp já provou seus serviços em Diadema. Hoje temos 95% da água tratada e 75% do esgoto tratado. Então, é uma empresa que traz confiança.
A Câmara aprovou a tratativa de um estudo para construção de uma usina, que vai trazer empregos e renda para a cidade, além de gerar energia a preço mais barato que o mercado. A prefeitura será acionista dessa usina. Também acabaremos com o monopólio de mais de 20 anos empresa Lara com o município. Essa empresa vem ganhando rios de dinheiro na nossa cidade na questão do transbordo, que é o transporte do nosso lixo até Mauá. Pagamos em torno de R$ 140 a tonelada até chegar a Mauá. Gastamos R$ 36 milhões para transbordar nosso lixo e arrecadamos com a taxa, já existente desde 1998, R$ 17,5 milhões e fazemos o aporte do restante. Com a parceria com a Sabesp queremos resolver esse problema do lixo.
Então, é mentira o que vêm falando sobre nova tarifa. Primeiro, o contribuinte poderá escolher se paga a taxa junto com o IPTU ou não. A prefeitura, pelo artigo 3, parágrafo 1º, todo ano tem de mandar a relação de contribuintes para a Sabesp a fim de evitar duplicidade. Outra coisa, núcleo habitacional só vai pagar a taxa quando estiver totalmente regularizado. Então, é mentira o que estão falando, pois a cobrança é feita em cima do cadastro imobiliário.
Qual avaliação o senhor faz dos governos Lauro Michels, João Doria (PSDB) e Jair Bolsonaro (sem partido)?
O governo de nossa cidade vem fazendo grande trabalho voltado à população. Reformou todas UBS, agora está colocando iluminação LED nas principais avenidas da cidade. Também implementou o Casa Legal e está dando escrituras gratuitas dos imóveis, beneficiando as comunidades, dando dignidade para essa famílias. Estamos também avançando na questão da mobilidade e na área social.
Para quem pegou uma cidade que as gestões anteriores faliram a Saned (Companhia de Saneamento de Diadema) e a ETCD (Empresa de Transporte Coletivo de Diadema), este atual governo conseguiu colocar as finanças em dia e regularizar o pagamento dos funcionários públicos, e para mim está indo bem.
Quanto ao Estado, creio que ainda não dá para analisar no geral, já que é apenas um ano de governo, mas acredito que pelo fato de o João Doria ser empresário e um bom administrador está no caminho certo. Quanto ao governo federal, nesses últimos oito a dez anos nunca tínhamos ouvido falar de dossiê, mensalão, dinheiro na cueca. Acho que o atual governo está querendo cortar um pouco essas mordomias e está, também, no rumo certo e avançando, inclusive na economia.
Voltando ao seu mandato, o senhor tem forte atuação junto às comunidades, em especial na área de habitação. Como o senhor seu trabalho e o da administração municipal nesse setor?
Sempre lutei pelas famílias de baixa renda, para que pudessem ter uma moradia digna. Graças a Deus e com muita luta, por meio de projetos, pudemos realizar o sonho de um local digno para essas famílias. Este governo foi o que mais entregou moradias na história da cidade, mais de 1.500 e estamos programando mais. O último projeto nosso chama Núcleo K, obra que estava parada e conseguimos a liberação dos recursos federais, com isso, em breve, vamos realizar o sonho de moradia de mais 83 famílias.
Quais projetos de sua autoria o senhor destaca?
Já coloquei muitos projetos que vão ao encontro dos anseios da população. Fiquei internado algum tempo e via os médicos que batiam a biometria e depois sumiam. Só voltavam no final do expediente para bater a biometria de novo. Aí, fiz a lei do plantonista médico, a qual prevê que na recepção esteja visível o nome do médico de plantão, os horários em que entra, almoça e sai.
Outra lei da área da saúde importante, que inclusive passou no Fantástico (TV Globo) esses dias, é a que prevê que os médicos ensinem os primeiros socorros às mâes e pais de recém-nascidos e sobre a morte súbita. Às vezes acontece um acidente e os pais saem correndo com a criança em busca de socorro e não conseguem ajuda a tempo. Sabendo os primeiros socorros, até a morte pode ser evitada.
Outro projeto importante é o que trata sobre as mães que sofrem violência doméstica. A lei prevê que essas mulheres tenham prioridade nas vagas em creche para os filhos, a fim de que possam trabalhar e garantir seu sustento. Tem também o Aluno Nota 10, a lei da doação de alimentos. São várias leis das quais me orgulho, porque mexem com as necessidades da população.