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Comércio do ABC prevê alta de 5% na venda de produtos carnavalescos

Comércio do ABC prevê alta de 5% na venda de produtos carnavalescos
Segundo a FCDL, consumidor deve gastar entre R$ 50 e R$ 100 com produtos carnavalescos. Foto: Tomaz Silva/ABr

Começou a contagem re­gressiva para o Carnaval, maior festa popular do país. Com a folia, cresce a demanda por fantasias, másca­ras, con­fe­tes e outros acessórios. No ABC, os desfiles oficiais não são realizados desde 2017, mas o comércio está otimista com o faturamento do período.

A Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de São Paulo (FCDL), por exemplo, projeta alta de 5% nas vendas no varejo da região em comparação ao mesmo pe­ríodo de 2019. O tíquete deve variar entre R$ 50 e R$ 100.

Nem mesmo o fato de o início do ano ser marcado pelo pagamento de contas – como IPVA, IPTU e material escolar – reduz o otimismo do setor.

A aposta do comércio está na proximidade do ABC com a Capital, onde quase 700 blo­cos vão desfilar até meados de março. A cidade espera re­ceber 15 mi­lhões de foliões.

“Incluir itens sazonais, co­­mo fantasias, máscaras, ser­­pentinas e confetes, para cha­­­mar a atenção dos clientes é excelente oportunidade pa­­­ra alavancar as vendas”, co­mentou em nota o presidente da FCDL, Maurício Stainoff.

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) estima em R$ 8 bilhões o faturamento com atividades relacionadas ao Carnaval neste ano. Além do varejo, setores como hospedagem e alimentação também devem ser beneficiados.

O Sindicato das Empresas de Hospedagem e Alimenta­ção do ABC (Sehal) prevê au­mento de 10% nas receitas do setor no período em re­­lação o ano passado. A entida­de aposta na grande diversidade de ba­­res e restaurantes da região.

“Por ser um feriado prolongado muitos acabam via­jando, mas uma parcela das famílias permanece em suas cidades e gasta com consu­mo local. No ABC, os moradores contam com cardápio gastro­nômico que não deve nada para qualquer localidade, nem mesmo para a vizinha Capital”, comentou o pre­si­dente do Sehal, Beto Moreira.

TRIBUTAÇÃO

O vice-presidente da Associação Comercial e Industrial de São Bernardo (Acisbec), Valter Moura Júnior, lamentou a elevada carga tributária incidente nos produtos carnavalescos – que, em alguns casos, supera os 70%.

“O consumidor precisa sa­­ber que o preço é elevado por­que é baseado na tributação imposta pelo governo e não por uma escolha do comercian­te”, explicou Moura Júnior.
Levantamento re­­a­­lizado pe­­­lo Instituto Bra­sileiro de Pla­ne­­jamento e Tri­butação (IBPT) mostra que o colar ha­vaiano tem 45,96% de tribu­tação, o spray de espuma tem 45,94% e o confete, 43,83%. Entre as bebidas, a carga tributária é ainda mais pesada: na caipi­rinha, por exemplo, chega a 76,6%.

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